É desse jeito

É desse jeito :(

Desde a adolescência não me acostumo com o chamado “jeitinho brasileiro”. Esse jeitinho que resolve rápido.

Pois é! Um jeitinho daqui , outro ali. Um exemplo disso: poucos lembram de calibrar o pneu , de revisar o carro ou de manter a manutenção em dia antes de viajar para algum lugar. Para não atrasar vai do jeito que for , dizendo assim: “ não vai acontecer nada”, vamos que vamos ...

Recursos temos, mas mantê-los bem adequados, eis a questão. Alguns são públicos , outros não, de qualquer forma há descuidos. Estamos sempre correndo e não nos damos conta dos riscos diários que somos submetidos. Até mesmo atravessar uma rua fora da faixa de pedestres é comum para muitos. Vale lembrar, que os condutores de veículos partem pra cima dos pedestres sem nem respeitar o sinal vermelho , infelizmente. Enfim, ficaríamos aqui horas listando as imprudências ... É o avião que cai por falta de manutenção; construções que desabam em locais inapropriados; indústrias com emissão de gases poluentes em plena zona urbana; ar refrigerado sendo utilizado sem manutenção; pessoas sem utilizar cintos de segurança; casas noturnas sem extintores de incêndio; locais superlotados sem limites de pessoal; embarcações com excesso de peso sem o mínimo de proteção ...

Pois é , são inúmeros recortes de situações desprovidas de proteção. Tenho certeza que cada um de vocês têm alguma história pra contar. O que quero dizer com isso?

Há pouco tempo atrás nos comovemos com a catástrofe de Mariana e , nos últimos dias fomos surpreendidos , de forma trágica e criminosa , com a avalanche de lama tóxica em Brumadinho rompendo vidas e histórias.

Eu considero falha humana de efeito dominó que queima histórias de vidas como o que aconteceu no centro de treinamento do Flamengo.

Não consigo pensar em outra coisa. Culpo esse tal jeitinho para liberar autorização , jeitinho para não fiscalizar e tantos outros “jeitos” . As leis existem , a falha é humana. Buscam-se os responsáveis, mas nem sempre são divulgados os verdadeiros culpados. Alguém desconsiderou o que era correto, alguém burlou a lei de proteção. Somos responsáveis por “ajeitar” e permitir que alguma situação indevida aconteça.

Enfim, o que eu quero dizer que eu ainda acredito naqueles que dizem NÃO para qualquer decisão que possa ferir a proteção e direitos do cidadão , acredito em profissionais que SÃO conscientes dentro de suas especificidades, que zelam pela vida alheia - nesses - eu acredito.

ValPeçanha
Enviado por ValPeçanha em 10/02/2019
Reeditado em 15/02/2019
Código do texto: T6571900
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.