Madrugada
 
Novamente no terceiro quadrante da noite eu me desperto. Ultimamente tenho tido com frequência a companhia dela, a toda poderosa, dona Insônia. Bem que se tivesse condições, eu me esquivaria dela, todavia muitas são as indagações que passam na minha caixola, trabalhando involuntariamente com toda intensidade.
Adentrando vai a madrugada, castigado sou pela impotência do meu ser, não tem nada melhor, do que o branco da noite para expor nossas fragilidades, ouço apenas um zumbido e o vazio da alma, com muito custo o galo começou a cantar.
Não sei se é impressão minha, mas nesse momento aproximamos do Criador, ficando diante dele expostas todas as nossas vicissitudes, facilitando o nosso diálogo com Ele. Nesse mundo de tamanha opressão, onde apenas os poderosos tem vez, é Nele que me ancoro, refugiando dos problemas que assolam a  minh!alma.
Olho para o relógio, e agora estamos no último quadrante da noite, já ouço os canarinhos cantarem, daqui a pouco o dia amanhece, dou fé que acabei passando a noite em branco

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 11/02/2019
Reeditado em 11/02/2019
Código do texto: T6572678
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