SONS QUE SE ABREM E SE FECHAM - BVIW

No asfalto o carro segue em velocidade moderada. Quando há silêncio interno, conversam entre si os pneus. Pouco cantam. Aprenderam a viver com menos perigo. São frágeis as vidas que carregam. Por mais que longas as estradas, maior o desejo de viver.

O rádio trocou o toca fitas por USB. O bom daquele rádio é que as músicas eram outras. O bom daquelas outras é que participavam de um tempo mais sentimental que carnívoro, mais belo que destrutível.

Não há como desejar trocar o depois pelo antes. Sequer teria valia. Nos beneficiamos de descobertas e criações. O que se deseja é unir conceitos quânticos à teoria da consciência. Se nunca saberemos a exata posição das coisas e muito se desvenda sobre evoluções espirituais e inteligências múltiplas, nossos gostos, assim como os átomos também podem se comportar como ondas ou partículas.

Nada impediria de estar entre ondas de um velho rádio num som do passado ou ajustando headphones. No entanto não deixamos de perceber que os frutos do meio adoecem velozmente enquanto dançam, se divertem e até falam em futuro. Vivemos num abrir e fechar de portas.

MLP
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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 13/02/2019
Reeditado em 13/02/2019
Código do texto: T6573910
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