CAGÃO, CAGÃO!

Certo dia quando voltava do trabalho para casa, o cunhado da minha mulher sentiu uma forte dor de barriga durante a viagem de ônibus. Ficou gelado, amarelou e se contorceu em cólicas. Fechou os olhos na tentativa desesperada de segurar a merda que vinha a galope, desviando o pensamento na esperança de enganá-la.

Para aumentar seu suplício, sentou-se junto a ele, uma dessas senhoras tagarelas que começou a conversar sem parar. Ele permanecia calado esperançoso de que a mulher viesse a desistir do papo. Tudo em vão, a desgraçada o cutucava cobrando respostas, até que desesperado ele berrou:

-- Dona Maria vê se fecha essa matraca que eu estou aqui lutando para não me caçar e preciso de paz!

Todo mundo olhou em sua direção espantado enquanto ele atônito, tirou os cadarços dos sapatos, amarrou bem apertada às bocas das calças e aliviado ou conformado, deu liberdade á merda que jorrou de perna abaixo em grande quantidade.

O cheiro de catinga, como diria minha netinha, incensou o coletivo todo. Até o motorista estilou. Para sua sorte a próxima parada era a sua.

Debaixo de vaias e risos ele desceu do ônibus e seguido de um bando de crianças gritando cagão, cagão ele se arrastou até em casa a aonde chegou pedindo socorro a minha cunhada que sem notar o desastre, perguntou aflita:

-- O que foi homem de Deus?

-- Estou cagado até a alma querida!

Segundo ela, a esposa do cagão, as calças foram parar no lixo e ele gastou dois toneis d'água e três sabonetes para voltar ao normal e virar prato do dia das gozações.

Nota: Até hoje ele é chamado de cagão

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Poeta lelces Xavier
Enviado por Poeta lelces Xavier em 19/02/2019
Reeditado em 18/02/2020
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