A MITOLOGIA E O NÃO SER ACEITO -#JORNADA DO HERÓI #CAMPBELL

Não sou aceito NA IGREJA, pela liderança, quando falo sobre as verdades mais antigas da Palavra de Deus, de acordo com o sentido original delas...

Não sou aceito quando falo sobre a realidade urgente e maluca com meus colegas de trabalho...

Não sou aceito...

Não sou bem recebido e por isso sou isolado...

Sou isolado, deixado num monte como os heróis que buscavam revelar o humano e, assim, ajudá-lo.

Enfim, estou num ato heroico,

Num caminho sem volta,

Muitas vezes solitário,

Numa jornada de mundo-comum, chamado à aventura, auto-descoberta de poderes, de amigos, inimigos, surpresas, encontro com mentores, enfrentamento com meus medos, retorno mais forte, transformação (A jornada do Herói de Campbell, de forma resumida)...

Enfim, estou no caminho do herói histórico retratado nos mitos...

Mas, que mito poderia me encaixar na história da não aceitação?

O mito do Messias. Jesus.

Sim, um mito real, histórico, mas uma história que passou e passará por gerações eternas até sua volta, segundo ele mesmo disse.

Sim, um mito no sentido que lhe atribuiu Moyers no livro "O poder do Mito" numa conversa com Josep Campbell: "[...] aquilo que os seres humanos têm em comum se revela nos mitos. Mitos são histórias de nossa busca da verdade, de sentido, de significação, através dos tempos".

Temos em comum o que no mito de Cristo? A busca pela verdade, compartilhá-la, mas algo que deve nos fazer ter CAUTELA. A nossa imperfeição humana.

Cristo era perfeito, nós não.

Mas, de resto, temos a busca pela verdade e o compartilhá-la em comum com Cristo.

Mas, então, prossigamos.

Os autores entendiam que o mito tinha imperfeições o que fazia com que nos atraíssemos por eles.

Um pouco antes, nessa mesma conversa eles afirmam que as imperfeições, por exemplo, dos sete anões, nos atraem para a história, porque estariam criando ligações conosco porque também somos imperfeitos.

Então, voltando a Cristo.

Ele era imperfeito?

Claro que não.

Mas havia algo diferente nele.

Ele era compassivo com nossas imperfeições.

Em conversa anterior a que citei acima, no mesmo livro referido, os autores falam da necessidade do amor.

Sem o amor "Eu nada seria", pois ele é "[...]o vínculo da perfeição", diz São Paulo, o apóstolo em sua carta aos Coríntios, capítulo 13.

Enfim, estamos na jornada com um objetivo: a busca pela verdade.

Porém, essa busca precisa considerar pessoas mortais, com problemas.

Nós mesmos, na nossa falha comunicação e imperfeição como pessoas reais e as pessoas com as quais convivemos.

Assim, não posso ser um isolado como o Buda o era. Monasticismo só é bom para preparação espiritual, mas todos precisam descer do monte e enfrentar o mundo que agoniza na mentira.

Enfim, não sou aceito (como o Cristo) e não recebido pelas pessoas que foram manipuladas por ideias estranhas às verdades eternas.

Mas tenho que amá-las, interceder por elas, ter carinho.

Serei, assim, aceito pelo Pai, como Cristo o foi.

Serei bem-vindo pela Verdade na busca dela contra um mundo fora e à parte dela.

Então, estarei muito bem, obrigado, Senhor.

Obrigado por essa história maravilhosa: o Evangelho.

No final, o mito de Jesus, o Messias, termina com a história da Verdade sendo revelada, rejeitada, mas aceita por MUITOS por MUITOS SÉCULOS que dizem e dirão:

AMÉM.

O sim de Deus.

Então, força.

O mito de Cristo nos traz sentido.

Temos muito em comum com Ele.

Eu e você também temos algo em comum: buscamos a verdade e passaremos por tudo o que o mestre passou.

Mas diremos o mesmo AMÉM no final da jornada do herói!

Só temos que achar nossos PAPÉIS.

MENTOR?

HERÓI?

O AJUDANTE?

O MAGO?

OU O VILÃO?

Alexandre Scarpa
Enviado por Alexandre Scarpa em 27/02/2019
Reeditado em 27/02/2019
Código do texto: T6585452
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