que seja lindo

Esse mês, me livrei do Coquetel-Molotov que é a minha TPM e posso dizer que foi graças à Fitoenergética. E meus exercícios de autocontrole e autocompaixão – só para não perder o costume de valorizar meus pequenos feitos.

Eu bem falei pra Maria que iria escrever sobre nosso dia no trabalho e começaria essa crônica comentando que pintei as minhas unhas da cor do céu nublado, mas antes de poetizar a cor do meu esmalte resolvi falar dos hormônios femininos, já que aqui na nossa rotina há um milhão deles e volta e meia se chocam. Se há problema nisso? Nenhum. Tenho gostado de trabalhar junto delas e repito à Helo todos os dias: se eu for muito dura, me avise ok? Helo ri até do meu mau humor, e eu respeito o dela também. Passo pela Mayra e digo: boa tarde – com meu sorriso de sempre – E ela já responde: - Nossa Mili, hoje eu to QUE-BRA-DA! E eu respondo prometendo mais uma vez que vou emprestar “O cérebro de Buda” pra que ela leia, enquanto todos (inclusive ela) riem dos exageros. Maria chega por último. Sempre no mesmo tom: séria de início, mas rindo com a gente depois. Foi ela quem disse: - Mili, escreve sobre a gente? Bem, aqui estou. Aluana e Elisa também chegam mais tarde. Às vezes olho pra elas e me pergunto se elas têm mau humor – sempre sorrindo, conversando em tons baixos e completando nossa bancada hormonal e qualificada sim. Se gosto de trabalhar ao lado de mulheres? Amo. Sobretudo, dessas que já aprendi a amar. Quando a gente cansa da rotina diária até às 22hs, a gente faz nosso “happy hour” mais tarde, se conforma com lugares que fecham cedo e com os preços promocionais que só duram até às vinte e uma. Mas sempre vira assunto de mesa que “hora feliz” é a gente que faz. Vale dizer: Márcia não é da bancada, mas é nossa; Fer e Murilo merecem um pedaço do céu por serem os únicos cromossomos Y e nos respeitar tão bem.

Encerro dizendo que Equinócio de outono para mim é réveillon. E sendo assim, que seja lindo – pelamordedeus, 2019: aqui no nosso trabalho, na nossa vida ou no nosso coração. Falando em coração, Helo me pediu para escrever sobre amor. Eu não precisei responder ...

porque na verdade, sem amor, sequer sei escrever.

ps: ainda vou ver uma plantinha na mesa de cada um deles. amém. haha

#TextosDeQuinta

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 21/03/2019
Reeditado em 21/03/2019
Código do texto: T6603789
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