O gatinho sem-vergonha


Bom-dia!

Ah! O que eu queria falar, é que, hoje, a educação à criança, inquieta. Vejo aí: é fio de cabelo que voa, e é difícil à professora pôr limite. Não todas, mas penso que as mães não sentem na professora, uma aliada. Ou estou errado? Já no meu tempo, o limite era, quer ver, tal um fio desencapado a 5000 V.

E no meu pé, três limitadoras: mamãe, madrinha e professora, a quem fui um doce. Falar nisso, pelo meu Boletim azul, ganhei o doce de figo com cravo e calda grossa. Comi, quis mais, mas engoli o limite de
2 figos, 2x/semana. Pior: o doce foi parar no céu da prateleira. É, mas o tal aqui arranjou de subir, na calada da noite, ao pote.

Só que houve um porenzito: plaft! troct! trept! catraf! Caiu tudo! Fui raio pra cama, e todos, inclusive madrinha, nossa vizinha do lado, pasmos. Eu, que dormia pras estrelas, madrinha foi ver se eu estava coberto, e viu o meu gatinho Teco, no muro: “Ah! Comadre, ó aqui o autor dessa bagunça!”.

Mamãe, uma onça com o Teco. De sem-vergonha, e coisa e tal, jurou pegá-lo à vassoura. Aí, dia claro, ao sair pra escola, olha o Teco a me olhar… Que olhar de tadinho! E juro pela saudade das limitadoras que o meu remorso a isso até hoje é algo assim, sabe, que não sei explicar… de tão sem limite.


Ótimo café!

 
Los Cedrales, PAR, março de 2019.
© El gatito desvergonzado.
Chicco Árboles
Enviado por Chicco Árboles em 17/04/2019
Reeditado em 17/04/2019
Código do texto: T6625451
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