O BRASIL DE SEMPRE

No dia 22 de abril de 1500, alguém, do alto de uma caravela, em desespero gritou: TERRA À VISTA. E tudo ali foi alegria e festa. Estava descoberta a Ílha de Vera Cruz que logo passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Mas foi somente no dia 1º de maio de 1500 que Pedro Álvares Cabral deixou a Terra de Santa Cruz e continuou sua longa e perigosa viagem com destino à rica cidade de Calicute na índia. Devemos lembrar que o nome Brasil só foi oficializado no ano de 1505, caso contrário nós hoje seríamos terra-santacruzense. Legal, ne? Mas antes de Cabral partir pra Calicute, ele teve a grande preocupação de deixar aqui a sua marca registrada e, para isso ele ordenou que dois degredados (prisioneiros condenados a viver fora de Portugal) descessem do navio e ficassem tomando conta de tudo na Terra de Santa Cruz.

Desse jeito fica provado que os dois detentos portuguêses foram os primeiros habitantes civilizados que aqui foram largados na qualidade de donos de tudo. Eles ficaram sem ter trabalho e sem nenhum sustento no meio da mulherada nua, mas com a nobre missão de assegurar a presença portuguesa na rica terra descoberta.

Que descaramento! Não?

Os caras ficaram aqui numa boa.

Muito bem... Daí pra frente começaram as safadezas culturais e dominantes que ainda hoje existem na velha Pindorama (nome que os índios chamavam a essa terra) com alguns milhões de desempregados que parece quererem imitar os dois primeiros ocupantes da Terra de Santa Cruz, que ora se contentam com a seminudêz da mulherada se exibindo nas praias, no carnaval e nas tevês, além de termos uma gigantesca lista judicial de corruptos e ladrões a perder de vista. Nos envergonhamos de termos as cadeias abarrotadas de vadios, estupradores e marginais de todos os tipos de crimes, que não param de se espelhar nos dois primeiros habitantes portugueses que aqui ficaram tomando conta de tudo e de todos, enquanto se viam livres das cadeias portuguesas.

Você ta duvidando?

Eu não!

Esse é o Brasil que há anos conheço na História.

Espero que tudo mude no futuro.