SÁBADO DE PÁSCOA: QUE TAL IRMOS AO INFERNO HOJE?!

Jesus tinha vivido todas as nuanças e agruras da vida humana; mas faltava a parte mais temida: ir ao inferno. E Ele foi.

Jesus esteve em pelo menos 3 tipos de inferno; e estes continuam a existir e, provocante e, às vezes, assustadoramente, a nos concitar a irmos lá. Vamos?!

1) INFERNO LITERAL...O Credo Católico Romano chama-o de Mansão dos Mortos; mas é conhecido também como túmulo ou sepulcro. A este inferno (como aos demais) Jesus foi espontaneamente...”Eu dou a minha vida e a tomo de novo”...(João 10: 17, 18); nós, salvo aqueles que tiverem o privilégio de estarem vivos qdo Ele regressar, iremos por não nos restar alternativa.

2) INFERNO MATERIAL...Jesus foi aonde, em regra, os líderes religiosos de Sua época sequer se atreviam a passar perto. Ele desceu ao inferno dos leprosos, dos publicanos, dos prostitutos, dos adúlteros, dos estrangeiros, dos viciados, dos enfermos, desalentados...de toda sorte de excluído e miserável.

3) INFERNO ESPIRITUAL...Jesus foi de um ao outro extremo da infernalidade humana; transitou desde entre os que eram ricos mesmo não tendo nada até aos que continuavam paupérrimos mesmo possuindo tudo. A viúva pobre, na avaliação dAquele que nunca erra, era mais rica do que os mais ricos; ao jovem rico, porém, apesar de toda sua opulência financeira, elevada estirpe social (era príncipe) e zelo religioso, Ele disse: “[apenas] uma coisa (...e que coisa!) te falta”.

Sábado Grande (como chamavam os judeus aos sábados que coincidiam com dias cerimoniais), Sábado de Páscoa...Sábado da última Páscoa; páscoa na qual Jesus demonstrou, pela última vez antes de sua morte, de forma literal, dramática e desconcertante, todo o seu sofrimento, amor e entrega pela sua criação, pela humanidade sofredora, por seu rebanho, seu pequeno (não numericamente falando) rebanho... Sábado do último apelo: ”desejou ardentemente comer aquela páscoa...[AQUEEEEELA PÁSCOA]...com seus discípulos”

AQUEEEEEELA seria a mais inédita de todas as páscoas até então celebradas por todos os crentes.

Aquele sábado pascal fora o sábado do silêncio, do medo, da angústia, da frustração, da tristeza, da reflexão...das indagações; o sábado pascal da espera incessante, angustiante...o mais longo sábado pascal.

Hoje, porém, sabemos o que aconteceu após aquele sábado pascal desconcertantemente inédito: a alegria e a esperança renasceram na manhã seguinte, após aquele sábado pascal tenebroso.

Não justifica mais, portanto, ficarmos, como os discípulos naquela casa, trancados, recolhidos (e encolhidos – por medo, por preconceitos ou por egoísmo) em nossas bolhas sociais, denominacionais, étnicas, partidárias, ideológicas…

Os infernos (literal, material, espiritual) estão aí, por todos os lados, ao nosso redor, em nosso meio, diante de nossos olhos.

Que tal, antes do literal, como o nosso Mestre, descermos (hoje e todos os dias) aos infernos material e espiritual?

Nesse exato momento, enquanto você lê essa crônica, milhares - e até milhões - gritam (mesmo que em silêncio) por socorro em seus diferentes estágios de infernalidade.

Ele, o Mestre, não está mais fisicamente aqui. Para continuar descendo ao inferno e aliviar o sofrimento humano, no entanto, Ele conta com você e comigo. Nós vamos?!

O convite está feito: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” Hebreus 4: 7).

Claudio Chaves.