INTERNET

Falar sobre SEXO com os seres humanos sempre provocou reações no mínimo polêmicas, e ainda é assim, mas de modo diferente e por um meio bem conhecido de todos, a INTERNET. Ela, ao mesmo tempo que o popularizou, também se incumbiu de banalizá-lo, repercutindo e abrindo novas frentes de discussões.

Desde a época em que a vovó mocinha empetecava o rostinho com pó-de-arroz, as bibliotecas reinaram absolutas como fonte multidisciplinar, abastecendo mesas e cabeceiras de leitores mais do que… motivados.

E estes leitores deslocavam-se por quilômetros até elas para acessar o conteúdo apropriado a seus propósitos. A ‘turma’ (não galera) reunia-se ladeando mesas, em meio a pilhas de livros e pesquisava, buscando à mercê da sorte, os tópicos escolhidos para compor os TCCs no menor tempo possível.

Noites mal dormidas, persianas de olheiras e sacos cheios exauriam a todos igualmente, dada a dificuldade e as limitações das pesquisas. Foi assim por anos a fio, até que em meados de 1991 o genial físico britânico Berners-Lee abriu alas pelos caminhos imaculados da WEB, postando o primeiro endereço conhecido da internet: http://info.cern.ch/hypertext/WWW/TheProject.html.

Foi a conta. Tudo, de um momento para o outro, virou de pernas para o ar. Um mix massivo de tecnologia robusteceu os computadores mais evoluídos com novos dispositivos, softwares, aplicativos e um sem número de penduricalhos, criando fórmulas mágicas que desbravariam a temática, repercutindo em agilidade e eficiência nos mais diversos campos.

Sites incríveis pipocavam nos quatro cantos do planeta. Bancos de imagens plurais, contendo tudo de tudo ao cubo agora abastecem de pixels a rede, que avassaladoramente avança. Sexo, bem como outros temas, seguem agora pelos corredores dos navegadores que mais parecem redemoinhos de conhecimento.

Revistas impressas sucumbiram ante projetos digitais quebrando sólidas e tradicionais empresas e virando todas as mesas.

O sexo, antes mito, aquele citado no início desta crônica, não vende mais revistas como antes. Caiu por terra a mitológica PlayBoy e outras perderam público. Proliferaram links de interatividade sexual e surgiram os BBBs. É o fim de tudo? Muito pelo contrário, um divisor de águas. Fazer um big upgrade e ir adiante é o grande desafio do século 21.

Kids, armados com tesouras e goma arábica, picavam e colavam nas mesas das casas até então, dificultando a limpeza e exaurindo as mães e educadores.

Agora, o futuro chega baixando imagens, artes e artigos via download atrelados a #hashtags. Oportunidades e relacionamentos surgem via bolsões de empregos na WEB. Bom pra economia, é claro. Sites de relacionamentos quebram os paradigmas da timidez aproximando via url gatos e gatas héteros, GLS e a moçada toda, de todas as cores e gêneros, decompondo singularidades. Como disse, o sexo não mudou. O que mudou foi o modo como lidamos com ele.

E a cultura? Será prejudicada por isso? Certamente que não. Nunca tivemos acesso a tanta informação como agora. Dá-lhe dinamismo e eficiência nas redes sociais, com FaceBook, Twitter, Instagram, YouTube, LinkedIn e demais alternativas que preenchem tão bem as prateleiras dessa biblioteca incrível.

O futuro promete. O espaço é bom para todos, mas sempre existirá espertalhões capazes de desandar o conteúdo dessa maionese. Quanto às editoras do modo impresso, o vírus da inércia é o mal maior. Aconselho então doses massivas de criatividade, afinal, a fila da WEB anda… e rápido!!!