A era da informação tornou-se também a era da disseminação em massa, inclusive de sentimentos (emoção) e opiniões. A candura e o respeito viraram porta-retratos em aparador de sala de estar e, a sala de televisão também sofre consequências desta nova visão da informação.
- Você também gosta da Rede Globo? Não posso crer...
Não! Eu não gosto da Rede Globo de Televisão, bem como, da Rede Record (alguns de seus programas e sua política) e do SIstema Brasileiro de Informação, na mesma proporção. Principalmente, no que tange aos noticiários e à forma tendenciosa com que veiculam e manipulam notícias e informações. Mas isto não se traduz em ódio, nem nem o incentivo (direto ou indireto) de nenhuma prática de violência contra estas tvs (abertas) em especial, a Rede Globo.
Tenho visto nas redes sociais e assisti, especialmente hoje, um vídeo que circula no Wattsapp, onde tentam expulsar de um local público, cidadãos trabalhadores da rede globo, que estavam em serviço, de forma brutal, durante uma manifestação estudantil, afinal a nossa intolerância seletiva tem incentivado práticas de violência contra pessoas e não contra a organização/instituição, se é que seria possível atingir esta.
Quando um repórter é apedrejado, xingado e enxotado, todos saem perdendo. No ano passado foi assim, agora outra vez. Repete-se uma história triste e fria de liberdade de expressão. Decerto a jã citada rede até ganhe uns adeptos solidários (solitários). Boicote verdadeiro a um canal de tv aberta, num país em que a minoria pode pagar uma tv por assinatura (sem contar os “gatos” executado com maestria por profissionais liberais com divulgação via rede social) é ilusório, uma fraude, de mentira.
O problema não está em quem fala, mas quem escuta. Olha o horário eleitoral gratuito que é um afronta na divulgação de mentiras e, nem por isso, vejo o povo agindo com hostilidade com a maioria (raras exceções). Ilusão pensar que 62% da população brasileira vai desligar a Globo, ainda mais por seus programas tão “atraentes” pela maioria. E entre uma novela e outra, lá está o jornal! A coerência com a realidade nos coloca mais próximos das atitudes convenientes. Não é fácil tirar de um povo o vício centenário de ver na imagem a arte (subliminar) antes, contudo, de educá-los para realidade. Mas com violência não! Se o país não consegue diversificar sequer a economia para garantir que uma estatal tenha, em operação, um plano social de grande valia, vai se preocupar com o que enche (preenche) a vida da maioria como fonte de “manipulação”? Jamais! Então o melhor boicote é não patrocinar a rede. - Ops, mas peraí e o Big Brother Brasil? Milhões de ligações de quem? Nossa, desculpa. Eu perdi o fio da meada. O tutorial era: como boicotar a quase exclusiva rede de tv aberta que passa filme da vida real (com requintes de crueldade)? Mas preferi mudar o foco, afinal violência é prato que se come frio e vinga, se é que me entendem. O futebol passa na globo, a fórmula 1, o carnaval, o Caldeirão do Huck, a Ana Maria Braga, o tempo, a vida, as horas. Tudo passa na globo, da globo, com a globo, o globo... Triste fim do cidadão brasileiro ou de Policarpo Quaresma? Quem dera o problema do Brasil fosse a rede globo, apenas. Quem dera. Pergunta idiota, tolerância zero.
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 02/06/2019
Reeditado em 03/06/2019
Código do texto: T6663418
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.