O que você prefere, empurrar um burro ou amarrar um louco?

Depois de ler “MOSAICOS”, texto de nomeada de Bernard Gontier, ao invés de comentar, fiz crônica considerando o versado passeio.

E hoje leio comentários alusivos aos “MOSAICOS”.

Um de nobre poetisa, festejada, que me honrou a prefaciar livro seu de sucesso, Ana Bailune, que secunda colega de inspiração suave em comentário aos “MOSAICOS”, Lúcia Constantino. Como a primeira “de corpo e alma” ratifica a segunda, abordo o substrato de realismo contundente da Lúcia.

“Eu cansei. Cansei de internet, cansei de entender o país, as pessoas... me atenho ao que sei, e o mundo gira, eu não acompanho mais como antes, estou um tanto alienada.” Reflete Lúcia.

E por quê? A “Terra prossegue em seu caminho, com ou sem a minha participação, prosseguirá e somente tenho a missão de prosseguir nas minhas escolhas, sejam elas corretas ou não.”

O que importa em nossa vida, em nossas escolhas?

Que sejam “Corretas de acordo com a minha consciência, e poderão ser incorretas de acordo com a Consciência Cósmica”, diz Lúcia.

“A natureza construindo sempre..."decidir não decidir ainda é uma decisão...”.

O que mais importa?

Que é preciso ter foco para viver no foco, no foco de nossa vida.

E que ela, a nossa vida, “nos guie por caminhos de sabedoria, porque eu não sei nada mesmo.”

Sim, é preciso sempre em meio a esse imenso casario pobre de imaginação sustentado em palafitas frágeis, uma ideia rota aqui outra acolá esgarçada, por frágeis serem os homens, ainda que saibam que nada sabem na base socrática, blindarem seus interiores. Soberano se torna nos reduzirmos às nossas insignificâncias, nesse mar revolto das genialidades que perambulam do encontro ao desencontro das certezas incertas.

Como na vida de um idoso incapacitado e doído em sua estrutura no seu ir e vir que, se perguntado se está mal diria, a alternativa é pior, desaparecer.

Ou ficamos na alternativa, como diz o Jacó, “um burro, o que mais me chamou a atenção é como ele sabe do sumidouro sob águas barrentas, ele jamais pisa no buraco, mesmo sem ver...”. Acho que andamos pisando em buracos, enxergamos mal, nem o instinto está favorecido.

Por isso aflora o cansaço.É necessário sobreviver, sem escolhas que atinjam a nós e aos outros.

18/06/2019 17:57 - Ana Bailune

Estou com a Lúcia Constantino, de corpo e alma.

16/06/2019 21:52 - Lúcia Constantino

Meu amigo, tentei o "copiar e colar" mas não dá mesmo. Nem do meu word e nem aqui do Recanto. Então tento me ater aos termos sem as tais três letras que não disponho neste teclado. Irei no "replacement" mesmo. Eu cansei. Cansei de internet, cansei de entender o país, as pessoas... me atenho ao que sei, e o mundo gira, eu não acompanho mais como antes, estou um tanto alienada. Mas a Terra prossegue em seu caminho, com ou sem a minha participação, prosseguirá e somente tenho a missão de prosseguir nas minhas escolhas, sejam elas corretas ou não. Corretas de acordo com a minha consciência, e poderão ser incorretas de acordo com a Consciência Cósmica. Quem poderá dizer... acho que ninguém..."decidir não decidir ainda é uma decisão"... precisa dizer mais alguma coisa (pergunta) - não, certamente. A natureza construindo sempre, que nos guie por caminhos de sabedoria, porque eu não sei nada mesmo. Parabéns por mais um texto que nos permite pensar e pensar e caminhar na consciência. Uma noite iluminada na Paz do Cristo.

14/06/2019 21:49 - Lúcia Constantino

Estarei aqui logo pra ler com calma e comentar. Estou ainda dedilhando grãos no teclado. No coração sempre, Paz do Cristo.

14/06/2019 16:11 - Celso Panza

Bernard, velho amigo, considerei este percuciente artigo em crônica. Abraço fraterno.

13/06/2019 16:37 - Jacó Filho

Simplesmente fantástica sua crônica mestre Bernard Gontier... "Viver é fazer escolhas" e aprender com um louco é uma delas, e das boas, porque quando somos obrigados a lidar com eles, aprendemos muito, queiramos ou não... Com um burro, o que mais me chamou a atenção é como ele sabe do sumidouro sob águas barrentas, ele jamais pisa no buraco, mesmo sem ver... Mas ainda não aprendi perceber, e certamente estou aquém do burro nesse aspecto, e isso me faz questionar em quantos mais o burro pode perambular à nossa frente? Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/06/2019
Reeditado em 19/06/2019
Código do texto: T6676960
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.