Quando Deus se dá como alimento, sempre sobra.

SANTÍSSIMO. DIA DE REGISTRO IMPOSITIVO E INTRANSPONÍVEL.

Quando Deus se dá como alimento, sempre sobra. Hoje é dia da celebração do Corpo de Cristo. O Pão Santo.

Chegou até nossa impureza não só em ensinamentos que hoje ditam as normas das grandes convenções das sociedades, em normatização sem qualquer coerção Dele egressa, as bases hauridas pelos povos de boa vontade.

O Corpo de Cristo é alimento da alma do ser vivo, e sempre sobra como no milagre do pão e do peixe. Ou se tem a Deus e sobram os conhecimentos de seus tesouros espirituais, ou se vaga em existência infértil onde a felicidade não nos guia em caminhos floridos.

Os caminhos por onde passa hoje o SANTÍSSIMO estão floridos, enfeitados no mais das vezes pelas mãos inocentes das crianças, e delineados no SAL DA TERRA, que é vida, o mesmo sal bíblico que dá sabor ao pão que é seu Corpo.

O mesmo alimento da alma, Pão, Hóstia Santa, que se torna espírito e vai a Ele no fim da jornada, deixando para a eternidade a metamorfose da matéria. A ela se liga também o espírito que se desprende,ascendendo a outros espaços, desconhecidos e meditados, impetráveis, vedados à nossa inteligência, coroados ou não pela nossa jornada ao seu término.

O Remanso do Espírito pela tradição abre a porta para a alma ascender e chegar ao "Conhece a ti mesmo", sem a multiplicidade de significados, que esbarra na lógica da enciclopédia grega Suda, século X, que diz: "o provérbio é aplicado àqueles que tentam ultrapassar o que são".

Com a humildade dos submissos às verdades maiores distantes e sentidas, teremos o “Nosce te ipsum ou temet nosce”, que abrirão as portas pelo alimento do Santíssimo, recebido quando ainda em corpo, afastando nossos limites pela fé, para finalmente conhecermos o Mistério que Jesus de Nazaré sinalizou.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/06/2019
Reeditado em 21/06/2019
Código do texto: T6677633
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