O que acontece quando acha o culpado

Parecia mais uma noite comum, no barzinho. Uns bebendo. Outros jogando carteado. Os donos do bar se misturavam. Fale mal da vida dos outros e o assunto pode gerar polêmica. Fala mal do primo, a prima repreende. Pior é falar mal do próprio pai. Não falava mais com ele. O dinheiro sobe à cabeça das pessoas. De uma parte, ele que é um ingrato. E vai trocando. E o conhaque subindo à cabeça da freguesia. Teve palco improvisado e som ao vivo. Conversa vai. Conversa vem. Sobra na mesa uma pergunta, se nada acontece quando uma pessoa é encontrada morta e não acha o culpado. A voz do povo é a voz de Deus. A noite se estendia madrugada à dentro. De repente chega de moto o ladrão, sem retirar o capacete empurra todos pra dentro do bar, abaixa as portas de aço, rouba-lhes e sai rapidamente. Tinha o garçom que pensava que era corno. O bar era o inferno dele. Estava induzido a pensar que a esposa o traía. Aquele pai que era um ingrato tinha fama de ser mulherengo. O questionamento não causaria intriga. A menos o fato de haver sido encontrado degolado de manhãzinha, sem que o ladrão deixasse vestígios.
Edras José
Enviado por Edras José em 21/06/2019
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