JOGOS MORTAIS

Tenho lido vários debates aqui sobre Bolsonaro, nomeação de seu filho como Embaixador, Lula Livre, Moro, Gilmar, economia, política externa, previdência social, direito e administração na conjuntura atual. Algumas ponderações interessantes mesmo. Outras, nem tanto. Por ter certo conhecimento de alguns assuntos, assalta-me eventualmente a vontade de participar, notadamente em vista de posturas equivocadas, a meu juízo naturalmente. Mas fico com muita preguiça. Vivemos um tempo de exacerbações. Já escrevi textos ou produzi comentários sem qualquer intenção momentosa, em outro patamar, mas surgia alguém repentinamente querendo puxar a brasa para o seu assado, jogando lenha onde nem fogueira existia. Cansativo e sem qualquer resultado. Não estou fazendo pouco de ninguém, acho saudável a troca de ideias, o jogo ideológico. Nem adiantaria nadar de poncho contra a correnteza, as águas correm para o mar e o panorama não se modificará em curto prazo. Enfim, admiro os lúcidos combatentes, mas, tratando-se de vale-tudo, prefiro o Facebook para uma interação mais harmônica e edificante. Acho uma beleza o debate ao vivo, com auditório, por menor que seja, mas que force exposições abrangentes, fundamentadas e sólidas. Tenho, aliás, saudade. Eventualmente acontece coisa parecida em encontros de amigos ou em alguma reunião um pouco mais ampla. Como, até hoje, somente excluí uma pessoa conhecida da minha página, por comportar-se de modo absolutamente inaceitável, acolho por estas bandas desde quem não acredita que o homem pisou na lua, até os que pesquisam o ET de Varginha. Portanto, é recomendável respeitar o contraditório e as diferenças. O que não me impede de dizer que sofro grande tentação de aderir a uma versão moderna do ANARQUISMO, pois “iconoclasta” tenho sido, de algum modo - sem qualquer confusão com certos arroubos evangélicos.