Ser feliz

Eu quero o sabor da felicidade em minha vida. Ando tão cansado, não faço nada o dia inteiro. Assisto a TV, depois eu vou procurar algo para fazer. Fico devaneando sobre a vida. Estou lendo a biografia de Clarice Lispector e estou impactado com a eletricidade que foi a sua vida. Estou prestes a publicar o meu livro, mas está tudo tão estranho aqui no Brasil. Parece que estou em outra dimensão. A realidade está doída. Quero confiar em alguém, não consigo pronunciar as palavras da forma correta. Não lido bem quando estou sob pressão, pois para mim a vida deve ser calma, e amena. Mas ultimamente está tornando-se calma demais e não sei se isso é bom ou ruim. Quero desabafar. Conversei com um moço que disse que tenho aprender a desatar os nós e que de alguma forma ou de outra iremos nos desiludir. Eu não posso estar fraco para a vida. A vida é dura e eu sei como ela é, no entanto, sou calado, reservado. Futebol anda crescendo de vento a polpa e estou meio sem sentindo, pois não gosto muito de futebol. Tem gente que finge que gosta para mostrar algo que está escondido dentro de si ou é a única escapatória para fugir da realidade que bate a face. É muito bom desabrochar, despetalar, mas é melhor renascer e eu preciso urgentemente renascer. Estou vagando em algo que não sei o quê. Estou confuso e perdido, e quem não fica, né? São tantas fatos dos quais não sabemos se são verdadeiros ou falsos. A confiança. Não sei mais o que é isso. Eu me entrego de corpo e alma a outrem e no final acabo em pedaços. Estou sendo melodramático? Ou estou tentando esculpir um anjo na escuridão?

Cortei o cabelo e estou me sentindo mais leve. No fim falei a cabeleira que no final das contas estamos aqui é para viver.