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EM SETE DE SETEMBRO
 
            Quem lê o título, logo pensa que estamos falando da história do Brasil e o famoso “grito” da independência. Uma data muito importante para o Brasil, para todos nós. Mas pra mim teve outra importância, talvez tanto quanto a citada acima. Por que será?
            Desde criança eu ousava escrever alguns versos soltos no lugar que era possível. Geralmente era com carvão, ou quando conseguia às vezes algum pedacinho de cal, era este a minha pena. As paredes do paiol de milhos, as tábuas de cercas e algumas pedras eram os locais que ficaram registrados algumas das minhas inspirações.
                 
O que tem a ver tudo isso com a data sete de setembro? Na escola logo que aprendi a escrever alguns garranchos escrevi um poema com o título “Em 7 de Setembro”. Era a semana da Pátria. Mostrei para a minha professora e ela gostou. Pelo menos disse. Pode ser que tenha mesmo gostado. Arranquei a folha e dei à mestra. A única frase que eu lembro é a do título. Outra frase que não tinha muito a ver era uma que dizia: ‘...que fique nos livros toda a vida...”. Não me recordo o porquê do referido verso.
               Mas, esse foi o poema que eu me lembro e que comecei a guardar em algum caderno, apesar de tais materiais não existirem mais. Essa professora me incentivava a escrever. Sempre dizia que eu ia ser um escritor. Que eu era poeta...
         Essa foi a marca positiva da semana da Independência do Brasil. Para mim, uma marca literária. O poema que teve o título que coloquei nesta crônica não existe mais no papel, mas ficou gravado na minha alma.
 
(Christiano Nunes)