Príncipe Encantado

Era uma vez um rei que sentiu saudade do tempo em que ele era um principe encantado. Sim, do tempo em que ele era um mero e desconhecido sapo. Na pele do batraquio, ele sofria o desprezo e a indiferença das princesas. Ele era grato à rainha por tê-lo libertado daquela maldição, mas estava magoado porque, depois de tanto tempo, ela passou a trata-lo como um sapo vil e inescrupuloso, e o acusava de ser um matador de sonhos. Parecia não ser mais possível atender os anseios da rainha. Ele sentiu saudade da doce e meiga princesa, antes tao apaixonada, agora amarga e carregada de frustrações. Que podia ele dizer em sua defesa, se ela não lhe dava ouvidos. Então, ele chegou a conclusão que certas esperanças nunca devem deixar de ser esperanças. Ele era um sapo feliz e não sabia.