PENSAR PROFESSOR, PENSAR (BVIW)
 
A propósito, vinha dirigindo o meu carro na ladeira do Baldo, quando o sinal fechou entre a Av. Deodoro e a Prudente de Morais e enquanto ele abria liguei o rádio e fiquei prestando atenção a letra de uma musiquinha de carnaval  de priscas eras, cuja letra dizia: Pensar professor /Pensar / O que ela quer saber / Não posso falar. O sinal abriu e eu segui o caminho de casa, sem contudo, me desligar da musiquinha, isto porque me veio à lembrança um  amigo meu de nome  Mário Moacyr Porto ,que já se foi e que era cronista do mesmo jornal que eu: Tribuna do Norte. Ele deixou registrado o seguinte: " O homem não é decididamente um ser que pensa, mas um ser que se distingue ou se realiza pela imaginação." Dai vem a indagação:  de onde vem,  afinal, a imaginação que move a escrita, a criatividade que faz um autor produzir suas histórias? Quem nos dá uma resposta  a esta pergunta é a jornalista e ficcionista espanhola Rosa Montero. Diz ela: “ Nós inventamos nossas lembranças, o que é o mesmo que dizer que inventamos a nós mesmos, porque nossa identidade reside na memória, no relato de nossa biografia. Portanto, poderíamos deduzir que os seres humanos são, acima de tudo, romancistas, autores de um romance único cuja escrita dura toda a existência e no qual assumimos o papel de protagonistas”
E que cada um assuma o seu papel de protagonista e   invente a sua história...
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 30/10/2019
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6783013
Classificação de conteúdo: seguro