SER BONITO É OUTRA COISA

Deve ser muito bom nascer bonito. Estava observando uns rostos bonitos vendo TV, nestas épocas de coronavírus é o que eu mais faço, tanto femininos como masculinos e pensando que uma pessoa bonita deve levar uma vida mais feliz.

Imagine você levantar de manhã e se ver no espelho. Você sabe o que vê no espelho do seu banheiro quando acorda, é o seu rosto depois de uma noite em que ele passou prensado contra um travesseiro, nem sempre é algo agradável de se ver.

Agora, já que estamos imaginando imaginemos um pouco mais. Você acorda, abre a porta do seu banheiro e parado em frente ao espelho você vê o reflexo de um rosto como o da Angelina Jolie (no caso de você ser do sexo feminino obviamente), ou de um Brad Pitt (no caso de ser do sexo masculino). Não seria legal para começar o dia.

Pois é meus amigos, tem pessoas que quando se olham no espelho é esta a imagem que veem. Olha que maravilha.

Nem sempre queremos ver um Gaúcho da Fronteira ou uma Berenice Azambuja nos olhando logo de manhã.

Já foi comprovado pela ciência que embora as pessoas digam que sim, beleza não é algo subjetivo. Diversos estudos indicam que as pessoas consideradas mais bonitas possuem uma série de vantagens sobre os demais.

Pessoas bonitas chamam a atenção para si de uma forma mais agradável, são mais persuasivas, arrumam emprego mais fácil e não menos importante, tem mais facilidade do que nós, aliás, do que os feios de arrumar parceiros também bonitos. Não é por acaso que o Brad casou com a Angelina.

Quando eu estava terminando o segundo grau eu tinha um colega e uma colega, até aí tudo bem não fosse um detalhe, os dois eram extremamente feios. Pensa numa pessoa feia, multiplica. A natureza não tinha sido generosa com os dois como foi com a Angelina e o Brad (olha a intimidade). Eram extremamente simpáticos, o que deve ser um gatilho compensatório. A psicologia deve explicar isso.

Passou-se os últimos 3 anos da escola dentro da mais perfeita normalidade, quando senão quando, nos últimos meses do ano letivo observamos perplexos os dois, passeando ternos e fagueiros pelo pátio da escola de mãos dadas. O amor florescera naqueles dois coraçõezinhos inocentes, lá pelos idos dos anos 80.

Confesso hoje com um certo remorso em minh´alma que não consegui ver a cena com alegria , pensei na descendência daquele casal. Teriam muitos filhinhos e filhinhas que seguindo a genética, e sabemos todos nós que a genética é cruel e sem consideração, iria de forma insensível e fria misturar aqueles genes sem a mínima piedade ou compaixão.

Nunca mais vi o casal, devem estar felizes apesar dos pesares porque embora chamassem pouca a atenção para si de uma forma mais agradável ou fossem menos persuasivos, e talvez tenham tido mais dificuldade de arrumar emprego, possuíam dentro de cada um deles algo que a ciência jamais conseguiu medir com a precisão necessária, porque existem coisas que não se medem: Um grande amor em seus corações.

Mais que do Brad e da Angelina.