TEMPOS DIFERENTES

Sou um interiorano que muito demorou para se acostumar e conviver tolerando as coisas absurdas dos metropolitanos. Por exemplo: no pacato lugar onde nasci todos respeitavam o sofrimento de Jesus Cristo em direção à sua crucificação e morte, por isso não se comemorava o dia de sexta-feira santa. Esse era o dia mais respeitado do calendário gregoriano e nele não se fazia absolutamente nada: não trabalhava, não cantava, não falava palavrão, não brigava, não tomava bebida alcoólica, não se fazia três refeições mas jejuava e rezava. Hoje, no ponto de vista de muitos metropolitanos, tudo isso é cafonice, é anormal. Mas o que era devoção era fé.

Essa era e é a realidade e crença lá nos rincões do Brasil, onde a dita civilidade moderna - que ora vivenciamos -, certamente lá nem tem espaço, ela é inaceitável.

Na cidade grande as coisas perdem suas legitimidades em benefício de um desequilíbrio social e até mesmo do inaceitável, pois ao tempo em que uns se propõem viver momentos de silêncio e paz outros cuidam de quebrar essa regra com ruidos perturbadores e indesejáveis que, em muitas vezes, causam fatores de ordem amoral. A culpa disso tudo está na má formação de famílias que não se ocupam em direcionar seus filhos nos caminhos da disciplina cristã, pois só assim todos saberiam ocupar seus lugares com igualdade e a vida não teria tanta pluralidade de idéias e tudo séria mais singular.

José Pedreira da Cruz
Enviado por José Pedreira da Cruz em 14/04/2020
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