VIAJAR...COMPLICOU POR UM BOM TEMPO.

Maneiras de viajar existem muitas segundo a economia e o gosto de cada um. Dólar, euro, nos patamares atuais, a festa para mochileiros e prestamistas ficou difícil. Mas ficou difícil para todos. Não em vão os EUA são os recordistas do mal incidente em números.Usam muito voos domésticos. Há um mapa de voos em circulação. No mundo o congestionamento dos americanos do norte é o maior em aviação. Seguido da Europa.Fica incrível constatar que as pessoas diante da ameaça ainda têm propósito de viajar em termos turísticos. Pensam nisso no segundo semestre, imagina. Brasileiros inclusive. Tudo estará mais barato, é bem verdade, mas sobreviver estará mais caro. Empresas sucateadas e hotéis vazios. Entretenimento nulo, museus,restaurantes badalados, etc, Disney, a Broadway só volta em 2022.

Mas os gostos devem ser respeitados, todos, mesmo dentro de excursões insuportáveis a que se submetem os monoglotas, quase sempre cansativas e maçantes como me reportam alguns. Se há felicidade no gosto, seja qual for, realiza-se o objetivo, mas na situação atual é inacreditável. Muita coragem, ou insciência, mas razoável a última.

Ficava feliz em saber que hoje todos viajam, existem facilidades para realizar essas vontades, os aeroportos estão cheios. Melhor dizendo, seja qual for a classe em que você viaje os aeroportos estão insuportáveis. Estive no de Atlanta em dezembro, indescritível. Um dos mais congestionados do mundo. Base da Delta. Tive que esperar com mais um bom número de pessoas chegar um cachorro “beagle”, por uma hora, para fiscalizar as bagagens de mão nas filas de embarque nos "gates". Cheirar as malas de mão. Drogas.....está demais. Ainda bem que varri tudo que queria conhecer ainda novo em bons tempos. Depois foi só revisitar. Mas viajar faz bem, é uma constante, trocar de ares, de cidades. Ver novas mostras e conhecer sempre coisas novas.

Mas o que surpreende é a coragem de sair nessa vontade mais irmanada na neura do que em qualquer outra coisa.

Cada um com suas curiosidades pessoais para viajar. Sim, é verdade, mas uma de minhas filhas diz que muitos viajam para dizer que viajaram e ficarem exibindo retratos de onde estão pelo zap. É verdade, nem sabem direito a história onde estão e seus significados. É um gosto também, mas sem conteúdo. Interior vazio. Educação sem estrutura.

Uns viajam para jogar, tenho amigos assim, outros por prazer exclusivamente gastronômico, outros para comprar "coisas" sem importância, outros por sensibilidade artística e intelectual, outros para rolar nas estradas europeias, maravilhosas, em carros possantes e motos, algumas como a Suiça, comer um “fondue” em Gruyière, nas margens de seu lago, e dormir em colchão de penas de ganso, parar em Passo de São Gotardo para almoçar em Chamonix.

Na Suiça não se paga um tostão de pedágio, diferente do resto da Europa, e fácil de ser conhecida toda, menor que o Estado do Rio, e linda, como a região do Wungfrau, com o sonho de pernoitar e ficar em Grindwald, sob as paredes do Eiger, que desafia alpinistas e pode ser visitado por obra da engenharia inglesa que leva ao seu topo gelado.

Mas impressiona essa vontade de permanecer viajando , mesmo diante dessa catástrofe sanitária, e pior, em navios, sempre baratos e “entupindo ” as pessoas de comidas suspeitas, com a querida e sempre presente bactéria “escherichia coli”. Como tem acontecido.

Engraçado essa multiplicidade de curiosidade e arrojo, desafiando até a saúde pessoal.Até por aqui, fragilizou a segurança, nas serras ou na região dos lagos, sem poder se comer fora, com segurança, em restaurantes ou na praia. Esperar boas novas se Deus quiser.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 22/05/2020
Reeditado em 22/05/2020
Código do texto: T6955104
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