Palavra Solta – água de beber

Palavra Solta – água de beber

*Rangel Alves da Costa

Água de beber e matar a sede se a sede aparecer. Moringa ou pote, purrão ou quartinha, em tudo a água de beber. Caneca ariada, lustrosa de o brilho aparecer, e surgir fresquinha a água de beber. Coada em pano, adormecida na noite, até a sede da lua quer água de beber. O barro de paredes suadas e frientas por fora, refresca lá dentro a água de beber. Se a janela é aberta e a noite é de brisa, então mais saborosa é a água de beber. A caneca por cima ou pendurada em gancho, vai brilhando na luz e querendo ser molhada na água de beber. Que cansaço e suor, que sede e fadiga, a boca clamando por água de beber. Mas espera um pouquinho e cata uma cocada, mariola ou mudinha, um doce de leite, e depois se deleita na água de beber. Estende a rede e adormece sonhando com o prazer de viver. E acorda em oração para agradecer pela água de beber.

Escritor

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