QUERIDOS NÃO MORREM JAMAIS

Nunca entendi e nem concordei com frases do tipo: "Fulano foi filho de Beltrano" ou "Fulana foi mãe de Beltrana", quando se referem ao vínculo de alguém que morreu.

Os elos que unem as pessoas não são vulneráveis à fragilidade e finitude da vida. Eles se perpetuam enquanto perdurarem as lembranças e a saudade.

Eles se manterão vivos enquanto se mantiverem aquecidas as referências, os legados emocionais e as histórias compartilhadas.

Quando tudo isso acabar, levando o tempo que for, pode-se colocar o verbo no passado.

Mas enquanto estiverem mais fortes do que nunca, colocar o verbo no tempo presente é o mínimo que se pode fazer em respeito à memória do querido ou da querida que se foi antes da gente.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 27/05/2020
Reeditado em 27/05/2020
Código do texto: T6959892
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