PATETADAS E MAU-CARATISMO

Esta pandemia trouxe à tona a triste verdade de que nossos insanos governantes estão totalmente despreparados para enfrentarem algo deste porte. Vejo também com preocupação um número incontável de profissionais da saúde emitindo opiniões sem terem a certeza do que dizem, principalmente quando se expressam pela internet. Nos dois casos, um circo completo, mas sem nada de engraçado. Resido no estado de São Paulo, portanto vou me limitar ao que vejo por aqui nestes tempos de isolamento social, causado pelo vírus “ching ling”. Em São Paulo fomos premiados com os Três Patetas do momento. São eles: João Dória, governador do estado e carinhosamente conhecido como Doriana; Bruno Covas, prefeito da cidade de São Paulo, herdeiro político de seu avô Mário Covas e o médico infectologista, David Uip, que coordenou o combate ao vírus em São Paulo. Dória, além de seu conhecido mau-caratismo (Jô Soares que o diga *) escancarou todo o seu narcisismo, seu ego inflado e sua total incompetência durante todo esse período de quarentenas e mais quarentenas, orquestradas por ele e sua “excelente equipe de profissionais”. Vou citar apenas sua mais recente patetada que, por sinal, explica todas as demais: disse o nosso governador que a partir do dia 1 de junho de 2020 teríamos a tal quarentena inteligente (depois mudada para consciente) e citou lá um monte de blá blá blá recheado de cores com definições difíceis de entender (propositais?). Minha pergunta à Dória é esta: quer dizer então que até agora todas as quarentenas e as suas propostas de isolamento no estado de São Paulo foram burras e inconscientes? Pois é meu camarada, isso é o que se pressupõe a partir de seu falatório inútil. Seguindo a fila vem o prefeito da capital, Bruno Covas, este, sem sombra de dúvidas, o pateta maior dessa troupe de saltimbancos. Vejamos alguns de seus experimentos: a criação do rodízio de automóveis para placas pares e ímpares, o bloqueio de ruas e avenidas criando congestionamentos e aglomerações gigantescas (aumentando os riscos de contaminação), a sugestão de horários reduzidos de trabalho e locomoção, além da exigência de protocolos das associações de classe para a abertura do comércio na cidade, são apenas alguns dos projetos estúpidos de um homem que se diz “público” e que chegou a prefeito quando da saída prematura de seu chefe imediato, Sr. João Dória, quando este se candidatou a governador. O terceiro pateta é David Uip, um médico competente e extremamente conceituado, mas que ao entrar para a política, perdeu-se de vez. O episódio da Cloroquina em que ele mesmo se autoreceitou, se automedicou e depois se negou a comentar sua atitude, foi grotesco (a receita vazou na internet através de um gerente de farmácia que a fotografou). Pois é, meus amigos e minhas amigas, estamos nas mãos de incompetentes, demagogos, interesseiros e corruptos que, mesmo num momento triste como este, se aproveitam para fazer uma política suja e ainda buscam justificativas para fazer valer suas vontades pessoais dando assim uma patética satisfação aos seus egos inflados. Um triste exemplo dessa corja de aproveitadores, sem precedentes na história do Brasil.

* NOTA: Assista ao link https://www.youtube.com/watch?v=H34Tcvpdk4Y onde Jô Soares conta um fato interessante sobre João Dória.