EU, UM MARGINAL?

Estou me sentindo um marginal. Um bandido da pior espécie, constantemente perseguido pela polícia militar, pela guarda municipal e afins. Nunca presenciei tantos carros dessas duas entidades “patrulhando” as ruas das cidades e amedrontando cidadãos de bem, evidentemente a mando dos “poderosos”. Dá para entender, afinal é mais seguro assim do que ir atrás de criminosos. Depois que esse vírus ching ling se tornou a bola da vez os relacionamentos sociais se transformaram radicalmente, causando situações constrangedoras. Mas por que dei início a este texto dizendo que me sinto um marginal? Porque é dessa maneira que estão sendo tratadas as pessoas de bem, aquelas que sustentam com seus impostos e seu trabalho este país corrompido, onde não há nem sombra de uma justiça honesta e eficaz. Pelo contrário, pois o que vemos é a nossa mais Alta Corte compactuando de forma vergonhosa com toda essa bandalheira. Olhamo-nos por trás de máscaras de pano com medo e desconfiança. Em todos os lugares a que vamos somos recebidos com cara feia. Temos restrição de entrada em estabelecimentos comerciais pelas barreiras instaladas nas portas. E ainda corremos o risco de advertência pela “esfuziante” guarda municipal por não estarmos usando máscara, em sua maioria totalmente ineficaz e anti-higiênica. São tantos exemplos que iriam tornar este texto insanamente extenso. Esta triste pandemia provocou um afastamento social nunca visto e, no meu entender, “nada será como antes”, como já disseram Milton Nascimento e Ronaldo Bastos. O que vejo como agravante ainda maior são a burrice e a incompetência dos “homens ditos públicos” e suas decisões impensadas, pois simplesmente não sabem o que fazer (aliás, nem a OMS sabe). Nunca duvidei da existência e da propagação desse vírus. A situação atual ainda exige amplos cuidados e uma grande dose de conscientização de todos. O que não poderia ter acontecido é esse distanciamento social, provocado pela histeria armada principalmente pela imprensa suja e por políticos corruptos e incompetentes, incluindo-se aí alguns governadores e prefeitos bem conhecidos de todos. O jargão do “fica em casa” já teve sua época. Alguém inventou essa expressão, acharam bonito e a parodiaram, colaborando assim – juntamente com as decisões dos políticos citados acima – para que essa pandemia virasse um pandemônio, que já causou falências comerciais, brigas e, o mais triste, depressão e suicídios. Triste realidade de um país e de um povo passivo em sua maioria e que ainda é capaz de tecer elogios a corruptos e a uma trupe de incompetentes. Certamente Deus nunca irá nos abandonar, mas esse papinho de que Ele é brasileiro já não cola mais. Afinal, o mundo inteiro está nivelado por baixo.

* * * * * *