MÁSCARAS

Dizem os cientistas que é necessário usar máscaras para combater o vírus da China.

Se algo caracteriza a máscara, é o fato dela cair. Caiu a máscara, é o que se diz quando algum malfeito é descoberto. E como têm caído máscaras nesses três meses de pandemia! A OMS troca a sua a cada semana, porque não passam sete dias sem um desmentido ao desmentido anterior, que se quer agora desmentir para mentir novamente.

Os cientistas, como Dráuzio Varela, foi de uma “gripezinha” a uma pandemia sem “precedentes” na velocidade de um contágio.

Cloroquina só pode ser usada em estágios terminais da doença, em “uso compassivo” como disse, hipócrita e deslavadamente o ex-ministro da Saúde, o Mandetta. Por isso até agora os governadores dos Estados, sequiosos por verem o sistema de saúde ainda mais gangrenado para continuarem fornecendo mortos para a imprensa marrom contar, veda o uso do fármaco à plebe enquanto eles mesmos tomam no início, como aconteceu com David Uip, a mulher do Casagrande,no ES, Wilson Witzel e senhora, no RJ, Bruno Covas em São Paulo.

Grandes máscaras que vão caindo muito depressa, onde prevalecem os interesses eleitoreiros e cúpidos, que normalmente se confundem: o negócio é capitalizar os poucos acertos, dividir as muitas responsabilidades, e de um jeito e de outro tomar de assalto os cofres públicos para comprar ventiladores superfaturados, montar hospitais de campanha que não funcionam, adquirir sem licitação equipamentos de saúde em lojas de cachaça, sumir com 1 bilhão de reais, como fez o governador do RJ, que antes de ser político era juiz!

Minas Gerais e Paraná até que têm tido relativo sucesso no combate à praga chinesa. Mas, diabos, eles não podem ser lembrados, é o jeito da máscara ficar presa à cara, ainda que por algum tempo mais, porque ninguém, mesmo o mais pacóvio cidadão, é enganado completamente o tempo todo. Mas, enquanto for possível, enquanto a máscara aguentar, que sejam enganados!

Festival de hipocrisias, propósitos eleitoreiros, cupidez e ladroagem sem peias.

Mas, notemos que essas, raposas felpudas, lobos vorazes, ratos fuinhas, urubus agourentos, crocodilos risonhos, não estão na floresta por acaso. Não sentaram em suas cadeiras do nada, pelo contrário, foram todos eleitos.

E aí a gente começa a perceber o porquê de tanta desfaçatez pelos representantes, tendo em vista a estirpe dos representados: se alguém sai à rua sem máscara é olhado pelos outros devidamente mascarados como um pária, um leproso, nem um bom dia ele recebe.

E ainda deve se dar por contente se esse mesmo cidadão, que lhe virou a cara e lhe negou o bom dia, não telefonar para os órgãos de repressão estatal camuflados de interesse público para entregá-lo por seu comportamento antissocial, que coloca a vida em risco deste ou daquele.

Ontem foi o "fique em casa", com as mesmas consequências. Hoje são a máscara e seu derivativo, o distanciamento social, que a bem de ver são a mesma coisa, uma fecha a cara, outro veda o aperto de mão.

E as pessoas vão mostrando o que sempre foram e a pandemia só explicita: gente cada vez mais enfiada em si mesma, relacionando-se quase que exclusivamente por redes sociais. Hoje temos apenas o corolário disso, se bem pesadas as coisas, que explicam desde o comportamento social até os políticos.

Joao Cirilo
Enviado por Joao Cirilo em 02/07/2020
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