QUE PANDEMIA, QUE NADA

Nunca passamos por uma situação desta, com tantas mortes, tanta gente internada e a obrigatoriedade de ficar em casa. Caramba!!!

O meu saudoso pai, Gerd Silbiger, Z"L (estas duas letras correspondem a uma abreviatura em hebraico da expressão “zicaron lebrachá”, que significa "bendita a sua memória", que quer dizer que a pessoa já faleceu), falava do horror da guerra, do holocausto, da perda dos pais e irmão pelo simples fato de pertencerem à linhagem judaica e eu, de fato, não tinha menor dimensão do que foi tudo isso.

Agora estamos sentindo na pele as garras famintas desta pandemia e nos quedamos impotentes, pelo menos por enquanto, diante deste vírus cruel, ardiloso e poderoso.

E, pior, não sabemos quando tudo vai acabar, se for acabar um dia.

Mas, bem diferente da impotência de quem foi jogado num Campo de Concentração e lá ficou definhando à mercê dos seus algozes, podemos reagir nesta situação, ao invés de só maldizer a vida.

Lojas vão fechar, restaurantes vão fechar, indústrias vão fechar, empregos vão sumir, dinheiro vai rarear etc. etc. etc., mas não estamos de mãos atadas, apesar da restrição de evitar ir às ruas e do contágio social.

Todos podemos, apesar das inúmeras dificuldades, pensar num Plano B, C, D E, F, por aí vai.

Certamente estas ideias não vão salvar a lavoura, mas poderão ajudar a virar o jogo, pelo menos um pouco. Pelo menos podemos refletir sobre novos caminhos, não dói e não arranca um pedaço da gente.

Tentar algo não custa nada. Arriscar algo no meio desta loucura toda não custa nada.

Vejo tanta gente só cobrando do governo uma solução e se limitar a reclamar, criticar e nada mais do que isso.

Quando começou este tempo esquisito, arregacei as mangas e aumentei exponencialmente a prospecção de novos clientes (sou escritor de livros por encomenda há muito tempo).

Na prática: numa semana entrei em contato com 3.500 potenciais clientes. Foi um trabalho de louco, cansou bastante, quase desisti, mas valeu a pena: estou agora com 12 projetos bem legais em andamento.

E muitos outros estão a caminho, ainda bem!

Cada um sabe as "armas" que tem pra ganhar seu pão.

Se não souber, pode pedir ajuda pra identificá-las.

E assim poderá dizer "que pandemia, que nada", porque as coisas, apesar de terríveis de fato, não estarão tão terríveis pra si.

Tudo depende do ângulo que vemos a realidade.

E da postura que temos diante de tudo.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 03/07/2020
Reeditado em 04/07/2020
Código do texto: T6994680
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