NOVO MARCO HISTÓRICO. COMEÇO DO SÉCULO XXI.

Estamos envolvidos em um grande modificador do tempo e dos costumes. Um novo marco histórico.

“O mundo mudou, e aquele mundo (de antes do coronavírus) não existe mais. A nossa vida vai mudar muito daqui para a frente, e alguém que tenta manter o status quo de 2019 é alguém que ainda não aceitou essa nova realidade”, diz na entrevista para a BBC Brasil Átila Iamarino, doutor em microbiologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutor pela Universidade Yale. Notável profissional.

“Mudanças que o mundo levaria décadas para passar, que a gente levaria muito tempo para implementar voluntariamente, a gente está tendo que implementar no susto, em questão de meses",afirma.

Pleno de razão. Nada mais será como antes. O século 21 começa agora, este será o grande marco, e sem nenhuma comparação, POR ÓBVIO, é o novo AC/DC, antes do Corona Vírus, depois do Corona Vírus.

Imersos nesse estágio de imensa tecnologia e avanço das ciências em geral, a pesquisa febril e freneticamente se movimenta na busca de soluções que não chegam com rapidez. Há um bailado de drogas curativas, questionadas, polemizadas, sem nenhuma unanimidade em torno de alguma que seja efetiva em inibir o avanço da doença.

E a própria vacina, ou vacinas pesquisadas, ultrapassando ortodoxia no processo de suas feituras, assentadas em uma rapidez não ortodoxa, têm expectativa difusa com relação a seus efeitos preventivos. A ciência está em genuflexo, impotente e indicativa de nossa imensa fragilidade.

Há uma nova baliza na pandemia do coronavírus. O festejado historiador britânico Eric Hobsbawm do alto de sua notabilidade afirma que o século 19 findou-se após a Primeira Guerra Mundial. O empirismo do ser humano sinaliza o tempo histórico. Quem registra marcos do tempo é homem e os fenômenos significativos dos quais participa e vive.

Como em Habacuque, digo, personagem bíblico, o tempo para os homens nada é para a eternidade. São segundos para esse espaço temporal com permanência e imutabilidade.

O futuro chegou mais cedo. Mesmo o confinamento, com a coerção obrigatória faz sentir que o tempo está voando. Há um acelerador futurista.

Mudanças que se esboçavam, como home office, educação à distância, comedimento em consumo e suas variantes, a busca por sustentabilidade pela sociedade, com empresas assumindo de forma mais efetiva responsabilidades, serão consolidadas.

Revisitam-se valores, nada mais será como antes.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/07/2020
Reeditado em 06/07/2020
Código do texto: T6996816
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