Janelas da Alma  -  BVIW
 
Neste instante há tantas “janelas abertas” em minha vida. Vejo inúmeras coisas, sinto um misto de sentimentos. Cada janela uma sensação diferente. Algumas são nebulosas e nelas adentram um frio úmido que me arrepia e por vezes me atemoriza. Outras aparentam apenas espaços abertos, sem passagens de ar e de luz; verdadeiros vácuos sem utilidade. Há ainda janelas mal planejadas que talvez deveriam ficar fechadas pra sempre; porque quando abertas, trazem estorvos.

Há também lindíssimas janelas consideradas perfeitos monumentos. Mas existe uma em especial que vale a pena descrevê-la. É essa, que me proporciona a melhor visão. Suas bordas são reluzentes como ouro. É a mais transparente de todas; olhando a partir dela; aprecio o que há de mais belo no mundo. Vislumbro um céu azul carregado de nuvens brancas; enxergo planícies e montanhas em diferentes tons de verde. Avisto também jasmins e violetas coloridas que adornam o jardim florido. Vejo ainda um rio, de águas tranquilas que alegra minha alma.

Sinto plena quando percebo esta paisagem. Não significa que esqueço das outras janelas. Não se trata de visões ou conversas superficiais. Mas sim, de um aprendizado profundo, onde compreendo o porquê dos diferentes formatos de janelas. É que, para cada momento e circunstância da minha vida, existe um cenário peculiar, e como sou proativa, várias janelas ficam abertas concomitante. Mas quando visualizadas singularmente, possuem valores imensuráveis que compõe e decoram o todo.


Imagem do Google.