É como tocar um violão
Nas reflexões proporcionadas por uma quarentena que já se tornou mais que uma centena, fico imaginando a vida, e seus infinitos vaivéns, nos movimentos das cordas de um violão.
Então, percebo que viver e conviver é como tocar um violão, produzindo sons expandindo poesia ao despertar da vida.
Há momentos que se toca o referido instrumento, dedilhando as suas cordas em forma de versos.
Há instantes que se faz necessário o batido das cordas, agitando-as e provocando a alegria dos versos ao despertar das emoções.
Há casos em que as cordas se desafinam. Então, é preciso recomeçar e produzir as afinações ao diapasão da vida, buscando a harmonia e o equilíbrio das energias.
Assim é a vida nossa de todo dia, de todo instante, como se fosse nos movimentos das cordas submetidas às pancadas e ao dedilhado do tocador, que é cada um de nós com o seu próprio violão, tocando a própria vida.