O TAL DISTANCIAMENTO SOCIAL
Ir ao Banco está sendo o mais desafiador da pandemia. Tem gente sobrando na rua, uma fila kilométrica. Nunca vi tanto menino chorando e as mães enlouquecidas.
Os idosos não suportando ficar de pé, sentindo mau e não tendo onde nem encostar.
Caixa eletrônico? Contei setenta pessoas na fila. Máscara, algumas tão sujas que até o corona corre, outros fumando e com ela pendurada.
Tive pavor de ficar aqui, mas qual outra opção? O banco grita na tv que tudo está online. Mas não consegui resolver o básico. Um boleto para pagar.
A moça atende com educação, mas não sabe resolver. Só na agência senhora, repete ela inquieta ao telefone.
O banco fecha às 14. Mas não entendi isso. Só pode trabalhar até às 14 e não contamina depois contamina?
A pandemia só serviu para revelar como somos hipócritas em nossas sociedade social.
Se você contar 90% da fila é idoso, deficiente e necessitado de ajuda. O rapaz do banco com uma luva suja e dando banho de álcool nela. Não o vi trocar nem uma vez ainda.
Já não entendo mais nada. Ou abre tudo de uma vez e deixa normalizar a vida, mas não pode.
O maior tumulto está sendo causado por instituição de prestações de serviço do próprio governo.
Aqui não tem distâncianento. Aqui tem tumulto programado para contágio. E eu aqui com pavor de pensar em que fazer para não enlouquecer...