MEU PAI E EU
 

 
        Ontem foi um dia muito, muito ruim, não vou entrar nos porquês... Na madrugada, para compensar, tive um sonho lindo com meu pai, meu pai que se foi deste Plano ha decadas. Havíamos saído para jantar (jamais estou aqui nos meus sonhos) e foi muito bom. Ele, sempre tão introvertido e fechado estava alegre, falante, feliz. Trocamos confidências sobre coisas boas, os dois bons amigos que sempre fomos rindo, extrovertidos, a vontade como jamais. Esse sonho me fez crer que hoje, sete de agosto, será um dia melhor do que o dia de ontem. Quero e preciso acreditar nisso. Ave, meu pai!

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                  Chiquinha  e Tigrão



        Quando minha mãe estava doente aqui, antes de ir para o hospital, muitas vezes, em certas horas de confusão na sua cabecinha me confundia com minha avo e me chamava de mãe (Minha avozinha bem-amada, Francisca, Francisca Dias dos Reis, me criou ate um ano, um ano e meio, já que minha mãe precisava trabalhar).

        Certa vez, no Shopping Plaza Sul (quando eu ainda tinha autonomia para ir ao Shopping sozinha - hoje acho que so de cadeira de rodas e claro, acompanhada) vi numa pequena loja uma linda bonequinha rústica nascida no sul de Minas. Trouxe-a para cá e dei a ela o nome de Chiquinha, em homenagem a minha avo materna. Anos depois ganhei um tigrezinho de brinde em uma compra de Natal e esse Tigrão tornou-se o companheiro da Chiquinha. Moram na cadeira de balanço da sala.