Uma casa sem janelas

Imaginem vocês uma casa sem janelas! Parece estranho?! Quanto ao joão-de-barro (ou aos joões-de-barro), pode ser uma coisa normal e tudo bem. Aliás, pobre da joaninha, que ainda se contenta com uma portinhola, sabe lá! Esses e outros animais, missionários da natureza, ditos “irracionais”, são verdadeiros auxiliares dos seres humanos, na caminhada evolutiva da vida!

Depois de tantas exclamações, parece que o desenho ou o projeto, ou o acabamento, de uma casa sem janelas é por demais estranho; mas, com toda a certeza, essas casas existem. Existem em grande quantidade entre nós, seres universais.

- Que estranheza! Como fica a ventilação?

E por falar em ventilação, o interessante que janela, em espanhol, é “ventana”.

Bom! Não sou poliglota (talvez nem um “pulagrota”) e não falo fluentemente nenhum idioma sequer. Quanto à língua portuguesa, é só pro gasto e olha lá!

- Sei não! Talvez a palavra “ventana” seja realmente em relação ao “vento”, que entra e refresca (harmoniza) o ambiente, e segue o seu caminho, deixando-nos um impulso de inspiração para as tarefas do dia a dia.

O interessante é que esses detalhes ocorrem com uma casa muito engraçada (outras, nem tanto; outras, sérias ao extremo ou uma loucura ou um terror, hahaha) que está em nós. Cada qual tem a sua. É a casa mental. Pobres casas mentais, que vivem à mercê dos respectivos usuários, muitos nem tanto normais!

Fazendo uma comparação com as casas da construção civil, as casas mentais também necessitam de janelas. Aliás, é um quesito essencial para que haja uma habitação saudável. São necessárias, a meu ver, no mínimo duas janelas, para que o vento entre e saia pela outra, varrendo e renovando o ambiente, seguindo o seu rumo, deixando, em nós, o aconchego das suas vibrações, fundamentais para as nossas inspirações poéticas, inclusive.

Diante da correria das pessoas no dia a dia, no trânsito agitado de sempre, na preocupação de fazer tudo ao mesmo tempo, não sei se essa muvuca já se tornou uma paranoia, talvez uma loucura estaria num bom tamanho, embora eu não entenda nadinha de nada de paranoia, hahaha.

Então, fico imaginando como devem estar as casas mentais das pessoas, inclusive a minha, é claro, hahaha.

Será que estamos abrindo as janelas das nossas casas mentais para a entrada do vento do conhecimento e da brisa da sabedoria?

Eh! O vento, embora a sua agitação, nos ensina e segue; e a brisa, com a sua calma, nos inspira na aplicação dos conhecimentos que recebemos através da passagem vibratória do amigo vento.

Logo, precisamos abrir as janelas da mente para as coisas boas da vida, renovando o nosso modo de ver e de sentir a vida, para que possamos escrever e reescrever, na consciência, a nossa história, os nossos “rabiscos” e a esperança de que dias melhores virão, assim como muitos já vieram e, por descuido, nem percebemos.

Que possamos inventar e reinventar um modo feliz de viver, abrindo as janelas das nossas casas mentais, para uma nova invenção ou para um novo in-vento.

Yé Gonçalves
Enviado por Yé Gonçalves em 11/09/2020
Reeditado em 26/10/2020
Código do texto: T7060444
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