Pelas ruas da consciência
Ando pelas ruas da minha consciência, onde vejo árvores inquietas dançando aos sons dos ventos; pessoas apressadas e outras tranquilamente a passos lentos; assisto às doces melodias do passaredo; e em pensamento vou compondo o enredo.
Simultaneamente, encontro-me com a dura realidade das ruas da minha cidade; pessoas num vaivém, aparentemente em busca de novidades, passam pelas árvores dançantes e pelas doces melodias do passaredo; e seguem, às pressas, atrás do que, muitas das vezes, desconhecem.
Assim são as ruas da minha consciência e da minha cidade. Um movimento constante, repleto de alternâncias, atravessando outras ruas, avenidas, alamedas, bairros, cidades, estados, países, continentes e pelos universos infindáveis da vida.
Cuidemos, em primeiro lugar, das ruas da própria consciência, que cortam corações e cruzam-se com as emoções e sinalizam-se com as placas e luzes da razão; pois, com certeza, os movimentos das ruas das consciências refletem nos movimentos das ruas das cidades.