Questão de consciência

Tudo na vida é, ou deveria ser, uma questão de consciência. Por estarmos, neste planeta, em jornadas de aprendizagem, ainda chegará o tempo em que cada um de nós teremos consciência das leis naturais e do que devemos fazer ou não fazer; enfim, teremos consciência do porquê da vida e do porquê das nossas existências. Mas, por enquanto, diante das problemáticas da vida, até mesmo nos casos em que condutas simples do dia a dia podem nos ajudar na solucionática (como diria Dadá Maravilha), falhamos e falhamos feio, por nos faltar a consciência.

Vejamos, como exemplo, estes tempos de crise pelos quais estamos passando, “in casu” a pandemia causada pelo surto da covid-19, o tanto que ainda nos falta a consciência. Fecham-se o comércio e os serviços não essenciais; decreta-se toque de recolher e determina-se “lockdown”, ou seja, fecha-se a cidade [ou fecham-se as cidades]. Aqui ninguém entra, ninguém sai! Os empregadores e demais trabalhadores do comércio e serviços não essenciais devam ficar em casa! A economia pode cair! Por outro lado, as aglomerações não param nos supermercados e demais serviços essenciais. Aglomeram-se pelas ruas, pelas praças e pelas praias e nas festividades domésticas. A população, em sua grande parte, não colabora.

Se ainda se torna necessário ao poder público sancionar leis com aplicações de penas contra aqueles que ainda resistem ao uso de máscaras, que ainda insistem nas aglomerações, que ainda se manifestam contra as vacinas, que ainda negam a realidade, é porque ainda falta consciência por parte desses negligentes e imprudentes que se contaminam e contaminam os outros, ou seja, acabam praticando, no mínimo, tentativa de homicídio contra os companheiros de família e se atentando contra a própria vida.

Caso contrário, se todos tivéssemos consciência da situação atual, e não aglomerássemos e respeitássemos as recomendações de prevenção, o comércio e serviços não essenciais também poderiam continuar funcionando, atendendo os critérios estabelecidos pelas autoridades da saúde. Cada trabalhador continuaria recebendo o seu salário normalmente. E, é claro, se o poder público, de um modo geral, também fizesse a sua parte, isento de politicagem, e atendesse tão somente o que tem de ser feito e pronto.

Portanto, onde está a consciência? É ou não é uma questão de consciência?!

Yé Gonçalves
Enviado por Yé Gonçalves em 07/03/2021
Código do texto: T7200529
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