A MORTE PRECOCE DE UM BRAVO E VALOROSO E AGUERRIDO E INESQUECÍVEL CENTURIÃO ROMANO

A MORTE PRECOCE DE UM BRAVO E VALOROSO E AGUERRIDO E INESQUECÍVEL CENTURIÃO ROMANO

Caro e estimado OZIAS ALVES JÚNIOR, primeiramente, quero pedir-te vênia e permissão para tratar-te, aqui, na segunda pessoa do singular, que é o tratamento da amizade, da intimidade, ou mesmo do coração, dos quais tu e toda a tua família, em relação à minha pessoa, sempre fizestes parte, por tudo o que continuamente foste tu e os entes que te eram queridos.

Em segundo lugar, quero a tua autorização para comparar-te a um valente e denodado centurião romano, que, como bem o sabias pela cultura de que eras possuidor, na organização militar romana e até mesmo na Idade Média, era o chefe que comandava um grupo de cem homens – ou uma centúria – uma companhia de cem soldados, portanto equivalia ele – o centurião, a um atual oficial das forças armadas. Para ser centurião, naqueles tempos, porém, o homem tinha de ser muito destemido e muito macho, e isso tu eras, no que fazias, meu caro OZIAS – e, por isso mesmo, atraíste muitos adversários, mas, por outro lado, conseguiste um exército ou um séquito de admiradores, que jamais, em tempo nenhum, esquecer-te-ão.

Prezado OZIAS, como é sabido, tu, juntamente com o teu irmão DÉCIO BAIXO ALVES, fundaste, em agosto de 1993, há cerca de vinte e oito (28) anos, pois, o BIGUAÇU EM FOCO – e, desde então, a população de Biguaçu passou a ser melhor informada das coisas que aconteciam e que poderiam acontecer, visto que tu, na qualidade de editor, proprietário e a principal cabeça pensante dos Jornais em Foco, com a cultura e o aguerrimento de que eras possuidor, tudo trazias à baila, sem a preocupação de agradar ou desagradar a outros – e isso, meu caro, não é comum. Por todo esse procedimento insólito de tua parte, e pelo que eras e foste, não há dúvida, pois, de que o Brasil e, mormente, Santa Catarina e Biguaçu ficaram mais pobres, culturalmente, e privados de uma pessoa sincera que dizia e escrevia o que deveria ser dito e escrito.

O grande CAIO JÚLIO CÉSAR, como bem o sabias, por seus triunfos que despertaram contra ele o ciúme de vinte e três (23) invejosos e frustrados e bandidos e assassinos e covardes senadores romanos, foi assassinado, com vinte e três (23) facadas, no dia 15 de março do ano 44 a.C., aos cinquenta e seis (56) anos de idade, ainda jovem, portanto, quando muita coisa boa iria fazer, a exemplo de ti, OZIAS, pois que, também, pereceste, prematuramente, aos cinquenta (50) anos de idade, no dia 03 de abril do ano corrente (de 2021), de covid-19 – essa doença triste e inditosa e desgraçada que tem tirado a vida de pessoas de bem e dinâmicas, como CÉSAR e tu o éreis.

Conforme gosto de ressaltar, OZIAS, o universo, segundo os cientistas, tem uma existência de cerca de treze (13) bilhões e setecentos (700) milhões de anos – e o planeta terra, do nosso sistema solar, foi formado há quatro (4) bilhões e seiscentos (600) milhões de anos, e, consoante eles – cientistas, a nossa estrela mãe, de quinta grandeza, o SOL, tem combustível para queimar, ainda, por cinco (5) bilhões de anos, quando tudo o que existe (no nosso sistema solar) terá o seu fim. Isso significa, portanto, que, se tudo correr certo, sem nenhum percalço, na terra poderá haver vida, ainda, por mais cinco (5) bilhões de anos, para a felicidade das gerações futuras, e que a vivência de cem (100) anos, ou mais, muito pouco ou nada representa.

Dessarte, pois, OZIAS, pessoas iguais a CÉSAR, a ti e a muitas outras de boa estirpe e de bom caráter deveriam, com forças e lucidez, viver mais de cem (100) anos, para alegria e felicidade dos seus entes queridos e de todos que as estimavam e, sobretudo, para um maior progresso terráqueo, ou do globo terrestre.

Quero concluir a presente crônica, dizendo-te, meu caro OZIAS, que essa homenagem não a prestei, antes, à tua pessoa, porque meus problemas concernentes aos meus trabalhos de advocacia me impediram fazer tal coisa, mas saibas que, enquanto vivo eu for, por mim, pelo que eras e foste, serás sempre lembrado, até porque pessoas com os teus predicados, atributos e qualidades, verdadeiramente, nunca perecem nem morrem – e são eternas.

Do amigo TROGILDO JOSÉ PEREIRA.

Biguaçu, 03 de maio de 2021.

NOTA: A presente crônica pode ser lida e encontrada, também, no RECANTO DAS LETRAS, acessando o SITE: Recanto das Letras, onde este Subscritor tem publicado vários títulos, inclusive, em espanhol – e todos foram e têm sido lidos por centenas de pessoas, com muitas considerações elogiosas ao Autor desta.

Trogildo José Pereira
Enviado por Trogildo José Pereira em 03/05/2021
Código do texto: T7247126
Classificação de conteúdo: seguro