"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou."

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize". Jesus concede não a Paz que nasce da injustiça que combateu, e O matou.

Essa Paz superior prometida e concedida renasce de uma vida nova, da ressurreição, a vitória sobre a morte.

Jesus venceu a própria morte, o sistema que O flagelou e martirizou.

A morte não é um caminho para a morte, para a tragédia que semeia a dor e a saudade, mas para a vida. A vida eterna. “Na minha alma está a esperança”. Qual esperança? De resgatar a verdadeira vida, sem sofrimentos como os que Ele passou. A morte não mata o amor.

E essa Paz de Cristo está em nosso interior, que não morre, o Espírito, alma quando ainda corpo, matéria.

Dizemos que as emoções vêm do coração, mas é a mente que tem ciência delas.

A voz depende inteiramente de nossa respiração no seu sentido usual, mas qualquer expressão criativa, independente do meio exercido, nasce de nossa inspiração e energia. Há um zênite de cerebração. A mente é cordial com o coração, reporta-o.

Fui sempre recebido encantado pelos livros do gabinete de meu pai, estofado em conhecimento. E eram estranhos para mim. Lá apreendi muito, sozinho. Só a visão das lombadas já traziam ensinamentos; sorte e fortuna minhas, aquele tesouro que não anda por aí ofertado.

E não me esqueço da multiplicidade de saberes emanados. Eram muitos que minha curiosidade esmiuçava, absorvia.

Saber alguma coisa de cor, vem do coração, do latim, cor, “coração”. Aprendi sentado no tapete do gabinete. Primitivamente ele era considerado, a sede do conhecimento no corpo humano, o coração.

Descobriram que era o material cinzento dentro do crâneo que arquivava e criava, e era tão forte que no Inglês, “to know by heart, literalmente, proclamaram, “saber pelo coração”, que equivale ao nosso “de cor”.

Concordar, de com-, “junto”, mais cor, pessoas que concordam em algo estão com os “corações juntos” naquele assunto. Mas há as que discordam, estão com os corações dis-, isto é, “afastados, fora”.

Jesus sofreu as consequências desta "Paz" do mundo, sendo condenado à morte na cruz. Discordava compreendendo o coração e a mente dos que O condenaram. Morreu por amor aos discordantes de sua Luminosidade. Continua negado.

Mas era Deus. Hoje os interiores estão ainda mais vazios, sombrios. Entregues ao que é mundano. Não conhecem o coração que está no seu interior. A mente não o interpreta em abrangência. Resulta falto.

O reino exterior emerge do reino interior, sutil, este da dimensão da energia, deriva da essência mais profunda. Essa descoberta é difícil. Mais confortável caminhar na planície do que subir a montanha.

Jesus viveu e morreu com a chama do Seu interior.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/05/2021
Reeditado em 04/05/2021
Código do texto: T7247568
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