A MENTIRA COMO IMPÉRIO. MORAL.

A Terra, planeta do Cosmos que convive com outros, ponto

insignificante na grandeza da grande força que tudo CRIOU, DEUS, O PRIMEIRO MOVIMENTO. Uma energia de forma nobre, que pensa e escolhe, que se conduz de forma inteligente. Dessa natureza nesse planeta, nenhuma mais sagrada que esta vida, humana. MAS NÃO É RESPEITADA. E RESTA FRAGILÍSSIMA.

Soltos na aleia do buscar, busca a nobreza de pensar outras vidas, nos escaninhos cósmicos. Por quê? Por ser sagrada. Todas as outras vidas obedecem circunstâncias do entorno a que estão sujeitas sem defesa máxima. Um aerossol ameaça a todos.

Os personagens caminham com suas próprias razões e fazem uma história complexa. Começaram pela simples sobrevivência e pretenderam viver próximos uns dos outros. Criou-se um modo distante da solidão, embora em grupo a massa humana está só. Sozinha de auxílio, de solidariedade efetiva, de carinho, da proteção institucionalizada que não deu muito certo, reporta a história e sua diversidade de meios, ideias. Enfim, falta amor.

Na ordem temporal do surgimento das vidas inteligentes, as que mais ganharam respeito e submissão, foram aquelas que determinaram ser o amor, o respeito, o único meio, a exclusiva forma de cessarem os conflitos. Assim podemos arrolar, listar nomes, como Buda, Confúcio, Gandhi e outros, não muitos. Conseguiram algumas alterações para melhor. Suas escolas e de outros similares, poucos, tinham um basilar valor em foco para dissipar os conflitos, todos os conflitos, o respeito ao próximo, à sua dignidade, o amor ao semelhante. E incrivelmente era esse princípio que norteava todas as sociedades no que convencionaram chamar de lei, ao que todos estavam obrigados. ESTAMOS DIANTE DOS VALORES MORAIS, QUE DEVERIAM SUBSIDIAR HOMENS PÚBLICOS.

Mas ninguém em principio respeita a lei, principalmente os por ela responsáveis, os que as fazem e as interpretam.

A desigualação dessas vidas inteligentes é uma verdade se tratando de pessoas, mas todas se acertaram no que chamaram de lei, no sentido de observar esse princípio, MORAL. Por quê? Porque eram “inteligentes”. A origem dessa convenção, desse acerto, dessa contratação combinada entre todos tem um motivo, uma justificativa originada do amor ao outro como tinham a si mesmo. Necessitando proteção e a desejando, primitivamente precisando da união de todos para preservação de suas pessoas, contra agressões da natureza, e de si gostando, de sua vida primordialmente e maximamente, transferiram esse amor por si também para o próximo. Era o advento da lei moral.

Essa ratificação do amor demonstrado pelo homem para sobreviver como descrito e enunciado, desafia o tempo onde a inteligência se manifestou com conteúdo mais forte. Sem muito sucesso.

E temos em KANT:

"A antiga filosofia grega repartia-se em três ciências: a Física, a Ética e a Lógica.. Esta divisão está inteiramente de acordo com a natureza das coisas, nem temos que introduzir-lhe qualquer espécie de aperfeiçoamento, a não ser acrescentar o princípio em

que ela se baseia, para que desse modo possamos, por um lado, possuir a certeza de ela ser completa e, por outro lado, determinar com exatidão as subdivisões necessárias.

Todo conhecimento racional é ou material e refere-se a qualquer objeto, ou formal e ocupa-se exclusivamente com a forma do entendimento e da razão, um e outro em si mesmos considerados, e com as regras universais do pensamento em geral, sem distinção de objetos. A filosofia formal denomina-se LÓGICA, mas a filosofia material, que trata de objetos determinados e das leis a que eles estão sujeitos, divide-se, por sua vez, em duas, visto estas leis serem ou leis da natureza ou leis da liberdade.

Deve-se concordar que uma lei, para possuir valor moral, isto é,

para fundamentar uma obrigação, precisa de implicar em si uma absoluta necessidade; requer, além disso, que o mandamento: "Não deves mentir" não seja válido somente para os homens, deixando a outros seres racionais a faculdade de não lhe ligarem importância. O mesmo se diga das restantes morais propriamente ditas. Por conseguinte, o princípio da obrigação não deve ser aqui buscado na natureza do homem, nem nas circunstâncias em que ele se encontra situado no mundo, mas a priori, só nos conceitos da razão pura]; e qualquer outra prescrição, que estribe nos princípios da simples experiência, mesmo que sob certos aspectos fosse prescrição universal, por pouco que se apoie em razões empíricas, nem que seja por um motivo apenas, pode ser denominada regra prática, nunca porém lei moral. Pelo que, em todo conhecimento prático não só as leis morais, juntamente com seus princípios, se distinguem essencialmente de tudo o que contém algum elemento empírico, como também toda filosofia moral se apoia inteiramente em sua parte pura, e, aplicada ao homem, não deduz coisa alguma do conhecimento do que este é (Antropologia), senão que lhe confere, na medida em que ele é ser racional, leis a

priori. Sem dúvida tais leis exigem uma faculdade de julgar aguçada pela experiência, capaz de, em parte, discernir em que casos elas são aplicáveis e, em parte, procurar-lhes acesso à vontade humana e influência para a prática; porque o homem, sujeito como se encontra a tantas inclinações, possui decerto capacidade para conceber a idéia de uma razão pura prática, mas não pode assim com facilidade tornar essa idéia eficaz in concreto em seu procedimento.

(390) Uma Metafísica dos costumes é pois rigorosamente necessária, não só por motivo de necessidade da especulação, a fim de indagar a origem dos princípios práticos que existem a priori em nossa razão, mas também porque a própria moralidade está sujeita a toda a espécie de perversões, enquanto carecer deste fio condutor e desta norma

suprema de sua exata apreciação. Com efeito, para que uma ação seja moralmente boa, não basta que seja conforme com a lei moral; é preciso, além disso, que seja praticada por causa da mesma lei moral; de contrário, aquela conformidade e apenas muito acidental e muito incerta, visto como o princípio estranho à moral produzirá, sem

dúvida, de quando em quando, ações conformes com a lei, mas muitas vezes também ações que lhe são contrárias - Ora, a lei moral em sua pureza e genuinidade (e justamente é isto o que mais importa na prática) não deve ser buscada senão numa Filosofia pura; donde, a necessidade de esta (a Metafísica) vir em primeiro lugar, pois sem ela não pode haver filosofia moral. Nem a filosofia, que confunde princípios puros com princípios práticos merece o nome de filosofia (pois esta distingue-se do conhecimento racional comum, precisamente por expor numa ciência à parte o que este conhecimento comum apreende apenas de modo confuso); merece menos ainda o nome de filosofia moral, porque justamente devido a tal confusão prejudica a pureza da moralidade e vai de encontro a seu próprio fim."

"a própria moralidade está sujeita a toda a espécie de perversões. "Não deves mentir" , ENSINA KANT.

NÃO É O QUE TEMOS EM GERAL E PRINCIPALMENTE EM NOSSO BRASIL, ONDE CRIMINOSOS ESTÃO EM CENÁRIOS PRINCIPAIS, SOLTOS, INFLUENTES, RECEBIDOS COM GALAS, RECEPCIONADOS COM LOAS, POR ALTOS MEMBROS DA "RES PÚBLICA".

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/05/2021
Reeditado em 19/08/2021
Código do texto: T7256168
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