O BOM CABRITO NÃO BERRA

Lá vamos nós de novo no céu azul de brigadeiro, viajar nas improváveis mutações de sentimentos, viajar nos apegos, viajar nas palavras soltas por aí.

A luz do horizonte é a mesma, focalizada sob a mesma ótica, então me vejo embrenhado neste vasto campo de intenções, intenções dissimuladas. O que difere na transposição dos fatos? O velejar é o mesmo com ritmo diferenciado no marolar do mar do lirismo; Cada um singra seu remo conforme a conveniência. E eu vou ficar vendo navios passando defronte minha ilha? Acho que não.

O que para uns é perfeitamente normal, inclusive a cumplicidade desregrada, para outros é pecado venal, embora os fatos e atos estejam na mesma sintonia e freqüência. Oras o que somos então? Bonecos de cordel ou papel? Projetos descartáveis? Marionetes? Há sempre olhares inquisitórios, duvidosos, haverá sempre a fala afiada onde a verdade jorra em profusão; Verdade de quem? Quem é o dono da verdade? Diria que é o dono dos mundos, mas Ele está muito ocupado pra vir fazer debate. Amigo uma coisa deve ficar no conceito: Se cutucar onça com vara curta lembre-se o bom cabrito não berra.