ATÉ QUE TENTEI BOTAR COR (BVIW)
 
Deu branco? Que nada, quisera eu, estou esperta! Brinque não, a coisa tá mais para a modinha “Meu Caro Amigo” do Chico. É o mundo todo pegando fogo ! É pandemia,  atentados, rebeliões, revoltas, desajustes financeiros, desemprego, fome, miséria e ninguém querendo plantar laranja. Pensando bem, o pior que não é nenhuma novidade!   Sempre foi assim.  Goethe que o diga e ele assim se pronunciou  lá pelos idos de 1818, quando a Europa toda estava prostrada, milhões de homens fortes haviam perecido e em todo continente a vida tinha de começar novamente, ele disse: “Dou graças a Deus por não ser jovem num mundo tão inteiramente acabado”.
Confesso que, até vesti azul para exaltar este mundo de meu Deus, deixando  de lado o pessimismo, mas não é fácill , o que nos leva a compreender melhor os poetas da época de então, como Byron, Musset, Heine, Leopardi, Pushkin, Lermontf que, juntos com compositores famosos como Schubert, Schumann, Chopin e até Beethoven, destilavam  pessimismo em forma de arte, enquanto a fé era abalada e o mal insistentemente era atirado em rosto. Era como se Mefístoles houvesse triunfado e todos os Faustos estivessem desesperados.
Mas, sabe de uma coisa, não se avexe  não, amanhã será outro dia , vai vê  que a gente descobre que nem tudo é podre no reino da Dinamarca.
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 08/06/2021
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