DIÁRIO DA MADRUGADA - LAMENTOS

A solidão, companheira de tantas horas, mais uma vez é a senhora de minha noite. O coração reprimido em falsos ais transborda pela pena palavras de saudosismo - ora, nostalgia é a minha existência. eescrevo em uma tentativa vã de ocupar o tempo, preencher o vazio que toma o espiríto me consumindo. Cansado, já estou, de construir castelos de area que desmoronam ao se abrir os olhos, resta-me apenas o pápel e a pena para com eles compartilhar os sentimentos da increteza do ser. Poderia tentar filisofar, escrever acerca da morte, da vida, do tempo e doutros tantos assuntos, porém depor dos sentimentos me pareceu mais oportuno - meus sentimentos são errôneos em incessante busca de acertos, são utópias em busca de realização, são um ¨eu¨ em busca de se achar.

Ilusão: essa tem sido minha vida, uma flragrante ilusão de mundo, de amigos, de família, de ser; ora quando irei aprender que sou sozinho no mundo e que meu par é a solidão, quando irei falar de alegria quando o que me ladeia é a tristeza, quando escrever de sucesso se caminho pelo fracasso.

Basta de sonhar com bons ventos, esperar risos e responder: tudo bem ;não é essa arealidade, não são esses os fatos que me embalam dia pós dia. como um imperativo da existência meu pranto se não corre pela face inunda a alma, enche mares de sofrer, rasga véus de esperança em soluços mórbitos de tristeza em vida, morte em alegria.

ERASMO SIQUEIRA
Enviado por ERASMO SIQUEIRA em 18/11/2005
Código do texto: T73001