Crônica do "mimimi"

Acabei de ler uma reportagem num site de uma revista digital de opinião e entretenimento, sobre temas relacionados a psicologia, filosofia e arte, chamado: “A Mente é maravilhosa” e me motivei a escrever minhas impressões a respeito.

A reportagem me inspirou!

Infelizmente no site e na matéria não há indicação de autoria para que eu pudesse fazer uma citação correta e ética sobre o texto.

Então comentarei com minhas palavras!

Irei expor minhas impressões e visões sobre o assunto.

A matéria tinha o título de “O mau hábito de se sentir ofendido com tudo”.

Ao fim da minha crônica, deixarei o endereço do site, para que as pessoas possam se assim decidir, ler a matéria.

...

Aqui, para efeito do meu estudo e reflexão paralelo ao site, chamo essa mania de reclamar, como o popular “mimimi”, tão famoso e comum em todas as conversas digitais.

Só posso responder por mim e por minhas palavras, e olhe lá!

Quando eu falo a respeito de “mimimi”, eu falo de pessoas que vivem a reclamar o tempo todo!

De tudo e de nada!

Daquelas pessoas eternamente infelizes e insatisfeitas!

Falo da minha visão sobre esse tal "mimimi".

E não falo sobre alguma faixa etária ou grupo de pessoas.

Não faço referência em minha mente a nenhuma das chamadas gerações X, Y ou Z.

Quando falo de “mimimi”, não aponto essa ou outra visão política partidária.

“Mimimi” e vitimismo é coisa de gente! De seres humanos!

Para mim, “mimimi” pode ser uma reclamação, uma choradeira, e até chantagem emocional.

“Mimimi” para mim é atitude de pessoas que só reclamam!

Só reclamam!

Pessoas negativas.

Uma vez ou outra, todos nós fazemos um “mimimi”, até em tom de brincadeira para pedir atenção, por exemplo.

Mas há pessoas que se está frio, reclama!

Aí faz calor, reclama!

Reclama de tudo!

A pessoa que é contumaz no “mimimi” como sinaliza a reportagem, perdeu muito do senso de humor!

Se ofende por tudo!

Tudo é agressivo para ela!

Tudo é preconceito!

Tudo é fobia!

Tudo é racismo!

Tudo é ofensivo!

É a situação da pessoa ter se tornado tão frágil, tão sensível que tudo a atinge com força incomensurável!

Tudo se torna uma problemática profunda!

Tudo ela já acha que é julgamento, crítica e desaprovação!

É comum em pessoas com uma estima muito baixa...

De quem acha que todo mundo está de olho nela, pronto a criticar.

E tudo que se fala a pessoa leva como ofensa!

Leva para o lado pessoal!

Veste carapuças que não foram enviadas a elas!

É vítima do mundo.

É coitada!

E quer ser digna de pena! Sim, ela faz um enorme esforço para ser digna de pena ou compaixão!

Como diz o estudo que citei, é um mal hábito adquirido!

Há também, não nego, o inverso...

Qualquer reclamação legítima, qualquer argumentação, qualquer manifestação para ser desmerecida e perder o valor, é chamada de “mimimi”.

Sei disso também!

Se o time perdeu por causa de um lance errado do juiz ou do VAR, é logo chamado de “mimimi”!

Portanto, é usado esse termo para calar pessoas... ou pelo menos uma tentativa! Não só de calar, mas de desmerecer seu argumento.

Por isso, o termo merece sim um estudo e uma reflexão!

O que é legítimo, o que é exagero?

No quesito ofensa, por exemplo, se a pessoa não se sentir ofendida, a agressão verbal perde força!

Leandro Karnal e outros falam sobre essa atitude com excelência!

Simplificando o que ele diz temos algo assim:

- Se uma pessoa me chama de algo e eu não sou, o que reclamar? Para que me ofender? Para que me preocupar? Não sou isso!

- Se uma pessoa observar um traço, fazer uma crítica ou julgamento e eu realmente sou aquilo, o que se preocupar? Sou assim mesmo! Eu sou eu! O que posso e consegui ser! E não estou aqui para agradar a todos!

Conclusão: podemos ter uma atitude inteligente diante de uma ofensa!

E não nos deixar abalar!

Budismo fala algo a respeito, igualmente...

Se uma pessoa te traz um presente e você não aceita, o que acontece?

A pessoa fica com o presente, certo?

Assim devemos fazer com ofensas, críticas, julgamentos, etc... se não aceitamos, fica com a pessoa!

No caso aqui, estamos falando também de energia!

A raiva, a agressividade e os problemas ficam com a pessoa da qual não aceitamos aquele "presente de grego".

Reforçar a estima, acreditar em si pode ajudar você deixar de ser um "mimizento".

Afinal, só somos vítimas das consequências de nossas atitudes e escolhas!

Só colhemos o que plantamos!

Se usar a força interior, sua coragem, estima e não aceitar a opinião alheia (mesmo que te pareça ofensa), ela não irão te ferir!

E por conseguinte, você pode deixar o vício de fazer “mimimi” por tudo!

Por que sabe inclusive que pode ter atraído aquilo para si!

Como a inveja por exemplo! O tal do "olho gordo", só afeta quem se deixa importar com aquilo! Se dá importância, aquilo cresce...

O que não damos importância, some com o tempo.

Que tal levar então uma vida mais leve?

Sabe quando você passa por um portão e o cachorro late?

O que você faz?

Eu deixaria para lá e seguiria meu caminho!

Pronto, os latidos raivosos não me fizeram mal!

Espero que você faça isso, daqui por diante!

E que não resolva brigar com o cachorro, ou até eventualmente latir de volta! (risos)

Viva leve!

Outro exemplo de atitude bacana para várias situações, foi um terapeuta que me deu. Para a gente não se ofender, não se estressar ou se irritar com atitudes alheias.

Ele me exemplificou assim:

- Se você entra no estacionamento do shopping, num fim de semana concorrido (por exemplo perto do dia das mães ou Natal, onde há muita procura), estacionamento lotado! Você fica esperando uma vaga. De repente um casal vem e entra num carro perto de ti e você já liga o pisca alerta para sinalizar que "a vaga é sua". O carro sai... e imediatamente antes de você estacionar, vem uma vaca e entra na vaga! Uma vaca mesmo... animal. Bovino. O que você vai fazer? Brigar com a vaca? Discutir com a vaca? Tentar arrancar a vaca a força? É pesada. Não entende o que você quer ou precisa! Vai argumentar com ela? Discutir? O que fazer? Ela pegou sua vaga, eu sei! Mas é uma vaca! O que fazer? Deixa para lá... é o jeito!

A partir desse entendimento, dessa parábola do meu terapeuta, eu passei a não me importar mais ou ficar nervoso com certas coisas!

E entre nós (segredo) eu penso comigo: Ah...é uma vaca mesmo!

Só comigo! Penso e não expresso!

E deixo para lá!

E vida que segue!

Sem sofrer!

Sem ficar irritado!

E sem “mimimi”.

Será que não era justamente isso que Cristo falava ao darmos a outra face? Hã?

Mauricio Franchi (Veeresh Das)

PS: Endereço do site e sua reportagem que inspirou minha crônica, que poderá copiar e colar nos eu navegador:

https://amenteemaravilhosa.com.br/mau-habito-se-sentir-ofendido/