Triângulos nem sempre amorosos

O dito popular "um é pouco, dois é bom, três é demais" sempre esteve presente nos casos envolventes, e até mesmo decisivos, da história da humanidade.

Recordemos o paraíso, quando havia apenas o casal Adão e Eva, tudo corria a mil maravilhas. Mas... quando chegou e entrou em ação a personagem senhora Serpente, deu no que deu. A tentação deitou e rolou.

Quem não se lembra do possível triângulo amoroso envolvendo o Bentinho, a Capitu (com os seus olhos de ressaca) e Escobar, em Dom Casmurro?

E o tempo passou e essa relação geometricamente amorosa continua envolvendo o cotidiano e nos envolvendo e mexendo e remexendo com as nossas emoções. É como sempre diz o Rei: "- São tantas as emoções!"

E as emoções continuam a todo vapor, principalmente quando nós, cidadãos brasileiros, assistimos às triangulações nem tanto amorosas nos bastidores da política que, na verdade, já se tornaram mais que públicas.

Vejamos que belíssimo triângulo amoroso entre os poderes (executivo, legislativo e judiciário) disputando poderes. Parece redundância, mas, moralmente, não é.

É o "estrelismo", a briga pelo "pódio", tomando conta dos ânimos da política. Afinal, quem manda? Quem é o cabeça? Quem coordena?

Vimos no decorrer da história da humanidade e da literatura os desastres em decorrência das triangulações amorosas.

Agora, num país como este, onde a triangulação pelo poder fala mais alto, o que há de se esperar?

Yé Gonçalves
Enviado por Yé Gonçalves em 20/08/2021
Reeditado em 18/09/2021
Código do texto: T7324685
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