DO IMAGINÁRIO AO REAL, VENCEMOS O TEMPO. ACADÊMICOS DE DIREITO UFF.

Vencendo o tempo, por ter ele se “descuidado” de nos acompanhar, com suas surpresas sempre desavindas, ele mesmo de sua sanha avassaladora incontrolável, quis fazer a mágica pelo computador, de colocar na brisa que sopra afinidades, velhos conhecidos que definem a nobreza da amizade.

A amizade dá o braço à distância, e supera até mesmo o tempo, não necessita de forma presente corporal para existir e cativar. Ainda que na aproximação mínima em mais de meio século a aproximação era e é máxima. E lá estava a cena. Na távola, circular, círculo que projeta o infinito onde não há cisão, rupturas, se achegavam os convivas. Convidados pelo tempo e mãos de Deus, acariciado por quem com abundante fé, desfruta da proximidade intensa de Seu convívio. Era como estivessem sempre um ao lado do outro.

O tempo, inercial e antropafágico, retrocedeu, e devolveu um amor não conhecido, mas que existia e desafiava, vencendo, o próprio tempo.

Lá estavam os personagens de uma certa forma envolvidos por encantamento, a lembrar a reflexão pueril mas verdadeira de Exupery, “somos responsáveis por aqueles a quem cativamos”.

Haurir encantamento possibilita o passeio do espírito e suas surpresas, sem alçar o voo da deslembrança.

Se faltava forma em tantos anos, sobrava sensibilidade, afeição e força, abundância em generosidade afetiva.

Aladas, palavras aproximam em segundos os iguais, tecem o rosto da amizade sem rosto, não são mais fumaça onde habitou o sonho, nem cinza de saudade, estão presentes.

Dedico essas brevíssimas linhas aos colegas e amigos , Maria Alice, Vera Pastano, Francy, Vera Ferro, Sebastião, Fernando, Guilherme.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/12/2021
Reeditado em 02/12/2021
Código do texto: T7398111
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