FILHADAPUTISMO

Quando somos pequenos nos ensinam algumas coisas que um dia vão ter que ser retiradas do nosso imaginário, ou poderemos, já acreditando nelas, nos fudermos na vida.

Me disseram um dia que “nós devemos dançar conforme a música”, cara, durante muito tempo eu realmente acreditei nisso, quis “fazer parte” e por isso eu me diluía, me anulava e me destruía em rompimentos de valores que eu jugava estarem certos, e talvez estivessem mesmo, mas essa coisa de estar na “onda”, na “vibe”, ou simplesmente deixando de ser quem eu era para me tornar aquilo que a “música” quisesse que eu fosse.

E deixar de ser quem somos, é, com a maior certeza da vida, a maior merda que podemos fazer conosco, a partir daí se cria, como diria o mineiro “um trem”, uma aberração que perde qualquer resquício de identidade, um “Walking Dead”, um zumbi, que até anda, até se move, mas que o faz andar é a porra da “música” que lhe ensinaram um dia...

E aí que começamos a ser manipulados pelos “filhos da puta”, esse termo aqui serve para pessoas, mas podem também serem usados para coisas ou qualquer outro entulho que vocês possam imaginar...

Não preciso definir o que é um “filho da puta” todos sabem, mas são aqueles que acham que ainda podem moldá-lo de acordo com os padrões FILHADAPUTIANOS de ser, que nada mais é lhe retirar ainda mais de sua essência, que mesmo não sendo a que você desejou ser, é a sua essência...a sua vida, a sua identidade...

Isso não é papo de coach (isso é mais um filhadaputismo do qual eu me arrependo), mas não tem meio termo, meias palavras, ou alisamentos... um dia vamos ter que voltar lá atrás, sentar o pé no toca discos, e gritar: CARALHO, TIRA ESSA PORRA DE MÚSICA, POIS ESSA PORRA DE MÚSICA ME SUFOCA, ME FAZ MAL E EU NÃO GOSTO DESSA MERDA, sim é possível mudar a música, virar a chave, virar em 180 graus ou seja lá o nome que você quiser dar....Mas você pode fazer com o que você É, o quiser que seja feito, mas para isso, você vai ter que retirar os “filhos da puta” do seu caminho... Podemos sim escolhermos nossas músicas.