Lisa (é apática simpática) + outro croniconto do Tex

-Croniconto n.º 1-

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A mensagem que essa moça famosa passa não é a ideal para se colocar um pôster dela num consultório de dentista, pois, apesar de dizerem que no famoso retrato ela está sorrindo, ninguém enxerga seus dentes.

Também não poderia ser modelo para líderes de torcidas, como aquelas moças que aparecem em filmes americanos, pois a sua expressão não parece ser de pessoa muito animada (como se desafiasse a todos nós para que sejamos capazes de identificar ali um sorriso).

Ela é bela, sem ser necessariamente bonita.

Num museu, ela arrasa corações e enche as vistas de artistas e admiradores da Arte.

Seu nome é Lisa — Mona Lisa.

Espere aí: não seria “Gioconda”? Talvez sim, mas não vamos complicar.

A mulher que figura no quadro “Mona Lisa” (ou La Gioconda) é baixinha? Não se sabe, pois ela não aparece de corpo inteiro e a tela mede no original apenas 77 cm de altura por 53 cm de largura.

Eu, Tex, diria que ali está um sorriso apático. Ou talvez um daqueles chamados “sorrisos embaraçados”, quando uma moça tímida escuta o famoso manjado galanteio. — “Já lhe disseram que você é linda?”

Há muitas especulações sobre o que tinha em mente o Leonardo quando pintou a “risonha” dama.

Os mais otimistas diriam que ela simboliza a expressão de uma alegria interior e que ali se nota uma pessoa que “ri pelos olhos”. Já os pessimistas diriam que se trata de uma grande obra de arte com a mensagem de que (na vida dessa moça retratada) não havia motivos para sorrisos, pelo simples fato de que naquela época não havia internet para possibilitar a existência das redes sociais e, portanto, uma ferramenta a mais para se escolher com quem casar. Nesta última hipótese, poderíamos concluir que se o grande gênio Leonardo da Vinci tivesse vivido mais tempo teria inventado o telefone celular e lançado o primeiro formato de Facebook.

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-Croniconto n.º 2-

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As Aventuras de Rimmel e Helena (A MAGIA DE HÓRUS)

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Tudo começou no Egito Antigo quando se costumava misturar um pó com graxa preta, que foi evoluindo até se chegar a uma mistura de gordura e minerais — hoje em dia conhecida como “kajal”.

Era uma crença comum naquela Civilização Antiga que somente reproduzindo no rosto o Olho de Hórus (tanto em homens quanto em mulheres) seria alcançada a proteção do Sobrenatural. Porém, as fêmeas conseguiriam também aumentar o poder de sedução acrescentando a esse composto um mineral, para que seus cílios ficassem parecendo mais longos.

Já em Roma (Antigo Império) acreditava-se que uma vida sexual muito ativa causaria um natural escurecimento dos cílios e sobrancelhas. Portanto, surgiu a necessidade de se evitar que a beleza não fosse imediatamente associada à impureza, pois na Idade Média a religião dominante chegou a punir rigorosamente todo tipo de maquiagem que tivesse essa conotação.

Sementes e cascas de nozes trituradas tornaram-se as fontes de pigmentos para essa mesma finalidade, com o passar dos séculos. Foi chegando o tempo em que a força da religião deixou de ser usada com aquela antiga finalidade de afugentar a beleza do mundo.

Aqui o Tex vai pedir ajuda. Um ligeiro CTRL+c/CTRL+v... do portal “Petit-Andy” dará uma boa pigmentação ao assunto.

Claro, com as necessárias ASPAS abertas neste trechinho:

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Em 1834 Eugène Rimmel resolveu aprimorar as técnicas anteriores e criou uma massa preta bem concentrada com a finalidade de tingir os fios brancos que apareciam com a idade. Foi a primeira vez em que o produto passou a ser comercializado em sua “forma final”, e por isso até hoje ainda é popularmente conhecido como rímel. Embora o produto já fosse vendido, foi apenas em 1917 que o rímel se popularizou.

Um dia Maybel, irmã do químico T. L. Willians, pediu para que seu irmão trabalhasse em uma forma de deixar o produto mais fácil de usar e carregar. Ele surgiu então com uma mistura de vaselina e pó de carvão… a mistura fez tanto sucesso que ele começou a revendê-la pelos correios, como nome de Maybelline.

Mesmo com todo este avanço, o rímel tinha uma textura muito grossa… lembrando quase uma graxa (conforme as imagens acima*).

Foi apenas em 1957 que uma pioneira chamada Helena Rubenstein resolveu experimentar transformar o produto em algo mais líquido… e por que não acrescentar um pincel aplicador ao produto?

\\ ASPAS fechadas para este trechinho *extraído do portal “Petit-Andy”, onde você pode conferir tudo isso charmosamente descrito pela especialista em Estética, Andréia Campos.

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Voltando e finalizando aqui, o Tex (para o croniconto n.º 2).

Da série: “A BELEZA ESTÁ EM HÓRUS QUE TE VÊ”