ELE MORREU!

Alguém se lembra de um jovem católico que não perdia uma missa, decorava o Evangelho e o proclamava às pessoas sem errar uma palavra? Um jovem que cantava na Igreja, participava de teatro na Igreja, que fazia programa de rádio às quartas-feiras, às quintas-feiras e aos sábados? Ele morreu, e nunca mais voltará!

Ele fez discursos políticos em palanque. Ele declamou poemas em praça pública, em Pastos Bons e em Balsas. Ele escrevia textos sobre gramática, publicava esses textos no Recanto das Letras e debatia. Ele discutia sobre política e outros assuntos na internet. Ele jogava sinuca e futebol. Ele fez muitos poemas românticos e declarações apaixonadas. Ele acreditava na ilusão de que o amor, o trabalho, a honestidade, a decência e o romantismo fossem capazes de conquistar o coração de alguma mulher. No entanto, mais de quarenta mulheres lhe mostraram que isso é impossível. Os sábios ajudam a compreender. Ele morreu, e quem morre não volta a viver!

Ele acreditava que Jesus era Deus. Ele fazia orações a seres humanos que a Igreja Católica chama de santos. A sociedade o construiu; a sociedade o fez; a sociedade, na sua ignorância, preconceito e escuridão, o fez irascível. Mas ele morreu, e quem morre não volta a viver!

Tudo isso fazia parte do ego que a sociedade lhe deu, mas, como disse Osho, "a sociedade dá o ego ao homem e a própria sociedade o toma de volta". Mas perder o ego é uma bênção, diz Osho, e ele está certo.

Portanto, não procurem quem morreu. Não procurem um morto. Não procurem nada de um ego em um espírito não conspurcado, em um espírito que toma banho e se limpa todos os dias. Quem escreveu isto foi uma criança que abandonou todas as ilusões e tolices que a sociedade lhe deu após os cinco anos de idade. Quem escreveu isto foi um ser sem mágoa, sem ódio, sem raiva, sem ressentimento, sem rancor, sem inveja, sem ciúme, sem remorso, sem ambição; um ser que não deseja riqueza, luxo, fama, poder, cargos elevados, aplausos, elogio; um ser que não deseja nem faz mal a ninguém; um ser plenamente realizado, plenamente feliz. O ser que escreveu isto só pode ser conhecido e visto por quem tem o coração e a mente limpos. Os demais humanos, ao olharem para quem não tem mais ego, só podem ver o reflexo de si mesmos.

É preciso identificar-se por meio de um nome para conviver. Portanto, para saberem, afirmo que este texto foi produzido e escrito em Pastos Bons/MA, na manhã do dia 8 (oito) de dezembro de 2021, por um ser cujo nome é Domingos Ivan Barbosa, um ser bem-aventurado.

A vida é bela, amável, maravilhosa!

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 08/12/2021
Reeditado em 08/12/2021
Código do texto: T7402477
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