Tudo é composto de dualidades... o clima, as estações do ano. O sabor e cheiro das comidas e flores. Há o gélido inverno e o tórrido verão. Há bebidas amargas e outras doces. Há cores quentes e frias. E, os opostos são associações complementares.  A consciência, aos poucos, ao trilhar a maturidade percebe que jamais entenderíamos a luz se não fossem as trevas. Jamais entenderíamos o que é diferente se não houvesse a diversidade. O que chamamos de oposição, em verdade, é a demonstração de identidades que estão intimamente relacionadas. É a dualidade que nos ajuda a entender o mundo físico e o mundo espiritual. E, daí podemos extrair a empatia. Para os orientais, o bem e o mal são como dois guerreiros poderosos que se enfrentam todos os dias, dentro diante de nossos olhos ou consciências atentas. E, nos disputam abertamente na arena da vida. Não podemos negar nossos limites, defeitos, equívocos, pois assim, negamos a nós mesmos, e perdemos o direito à individualidade e o respeito ao outro. O lado A recomenda que respeitemos o ritmo do outro, a inteligência e a dinâmica do outro. Já o lado B, é ansioso, tem pressa genética e vive fugindo de ladainhas e esperas longas. O lado A pede atenção. O lado B pede aceleração. Qual lado será o melhor? Dependendo do cenário, a temperança dos dois lados, talvez, nos levasse a alguma sabedoria. Mas, por vezes, confidencio-lhes: a ignorância pode ser mesmo uma benção. Enfim, somos todos sócios (queiramos ou não) da Dualidade S.A. E, viva o paradoxo!

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 18/01/2022
Reeditado em 18/01/2022
Código do texto: T7432009
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