Fundo de Mundo

A natureza é perfeita! Quando aqui é verão, lá é inverno, quando lá é primavera aqui é outono e de repente tudo se inverte. É assim que o mundo fica com fundos para todos os gostos. E quando um poeta escreve, ele pode escolher um fundo de mundo que melhor realça seus versos. O mundo é cheio de vida, por isso às vezes, no fundo dele aparecem pedaços...

“Uns transparentes, outros mais opacos” (*JM).

Quando entramos no pedaço transparente, nosso coração que é a caixinha de musica do pensamento toca a sinfonia do tempo, passado, presente, e futuro. Quem entra no pedaço opaco, não entende de sinfonia e nem de poesia, porque não ouve, não sente, não vê. A vida é uma arte e nos cabe a transparência para construir a casa da nobreza feita de grandeza. Às vezes, no fundo do mundo também encontramos pedras. As que vemos no espaço transparente são moldadas pelo vento, esculturas naturais, lindas e únicas e nunca serão iguais. E quando a chuva da o ar da graça cria sulcos, transformando as esculturas em gotas de cristal . Mas as pedras do espaço opaco, sequer permitem que as estações lhe criem marcas. São estáticas, imutáveis. Mas isso pode mudar... É só deixar que o segredo da vida sonhe neste lugar. E quando isto acontecer, as pedras se tornarão um marco, ponto de referencia dos que chegam e dos que partem e estes terão vontade de voltar.

 

(* A vida é cheia de pedaços... Uns transparentes, outros mais opacos.) Joaquim Marques

Augusta Schimidt